A ideia de remontar o show tributo "Rosa&Caffé" surgiu durante a pandemia de covid-19, como forma de homenagear, além do próprio Noel Rosa, músicos que não resistiram à doença causada pelo novo coronavírus | Foto: Lucas Benedect
Oito anos depois da concepção original, o cantor e intérprete cearense Marcus Caffé decidiu remontar o show tributo a Noel Rosa. Um espetáculo que conquistou plateias exigentes lá pelo ano de 2014. “Rosa&Caffé” destaca o compositor de Vila Isabel por todas as suas nuances peculiares. Sua origem, seu temperamento, seus sambas em crônicas.
O trabalho estreou para uma plateia refinada no extinto Café Pagliuca, recanto boêmio do coração da Aldeota, bairro nobre de Fortaleza. Na formação original, Marcus Caffé foi acompanhado por Samuel Rocha (violão de 7 cordas), Chico do Cavaco (cavaquinho), Giltacio dos Santos (clarinete) e Hoto Júnior (percussões).
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De Fortaleza, o show tributo seguiu para o interior do Ceará para apresentações marcantes em projetos conceituados. Em Sobral, na região Norte, “Rosa&Caffé” encerrou a programação promovida pela Prefeitura da cidade, no Largo das Dores, que esteve lotado.
De volta a Fortaleza, a apresentação de maior repercussão foi no BNB Clube, com produção da Tom Maior, quando Marcus Caffé cantou os clássicos de Noel Rosa numa noite em que compartilhou o palco com o antológico grupo musical MPB4.
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A ideia de remontar o show tributo “Rosa&Caffé” surgiu durante a pandemia de covid-19, como forma de homenagear, além do próprio Noel Rosa, músicos que não estão mais entre nós.
“Existe em Fortaleza e nos redutos de choro e samba uma prática de convívio muito bonita e que requer talento e técnica. Mas ainda é uma escola que não sobe de vez os grandes palcos, mesmo com talentos como Sardinha, Nonato Lima, Chico do Cavaco, entre outros.Inserir os músicos chorões de alta performance é mais do que justo com essa turma. E é também a reafirmação de nossa brasilidade”, explica Marcus Caffé.
Minha brasilidade passa pelo samba!
MARCUS CAFFÉ, cantor e intérprete cearense
“Quando homenageei o Lauro Maia, em 2020, enfatizei a presença dos artistas cearenses na história da produção nacional enquanto sambistas e chorões. Lauro e Humberto criaram sambas lindos. Zé Menezes (falecido em 2013) estava lá com eles, se destacando na história do samba de gafieira”, ressalta.
Para o Cineteatro São Luiz, o show também homenageia o Professor Gilmar de Carvalho, outra vítima da covid-19, que tornou acessível a obra do cearense Ramos Cotoco que assemelha-se enquanto compositor a Noel.
“Minha brasilidade passa pelo samba!”, diz o cantor ao relembrar o começo da trajetória musical. “Sempre cantei samba, porém me chegaram inicialmente os sambas de Aldir Blanc, de Djavan, de Elis Regina, de Paulo Sérgio Pinheiro, de Evaldo Gouveia… Não acessei de cara os sambas da tradição. O estudo sobre os mestres se deu em 2012, quando montei o (espetáculo) SAMBADIBAMBA e acho que fui ‘aceito’ pelo movimento do samba aqui em Fortaleza quando fiz a temporada com o Emílio Santiago no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura”, conclui Marcus Caffé.
Na noite de 06 de Abril, Marcus Caffé estará em cena, no palco do Cineteatro São Luiz, com uma safra de músicos de excelência na cena musical do Ceará. Samuel Rocha (violão de 7 cordas), Lauro Viana (cavaco), Pedro Madeira (bandolim) e Igor Ribeiro (percuteria) trarão à cena todo o ambiente sonoro para a manifestação de tanta cultura e tradição pela performance de Marcus Caffé.
Show tributo “Rosa&Caffé”
Onde: Cineteatro São Luiz | Fortaleza.
Quando: Quarta-feira (06/04)
Hora: 19h
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) à venda na bilheteria do Cineteatro e no site sympla.
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