

Parlamento português aprova mudanças na lei de imigração | Foto: Getty Images
01 de outubro de 2025 — O Parlamento de Portugal aprovou nesta terça-feira (30) uma nova versão do projeto que altera a Lei de Estrangeiros, impondo regras mais rígidas para imigrantes. O texto, apoiado pelo governo de Luís Montenegro e pelo partido de ultradireita Chega, recebeu 160 votos a favor e 70 contra.
As medidas atingem diretamente brasileiros, já que restringem a possibilidade de entrar como turistas e depois solicitar residência, além de alterar regras de reunião familiar e de concessão de vistos para cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O texto segue agora para análise do presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que pode sancioná-lo ou vetá-lo.
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A principal mudança é o fim definitivo da alternativa de entrada como turista com posterior solicitação de autorização de residência. Até então, essa brecha permitia a permanência prolongada no país enquanto o processo era analisado.
Pela nova lei, apenas após dois anos de residência legal será possível solicitar visto para familiares — antes, não havia prazo mínimo.
No entanto, o texto prevê exceções em casos de filhos menores, pessoas com deficiência, dependentes ou casais com filhos em comum, que poderão solicitar a reunificação imediata.
Outra novidade é a exigência de formação em língua, cultura e valores constitucionais portugueses, como requisito para manter a autorização de residência.
Brasileiros e demais cidadãos da CPLP só poderão solicitar residência em Portugal se entrarem previamente com visto consular — de trabalho, estudo ou aposentadoria.
Além disso:

As mudanças refletem uma ofensiva anti-imigração em curso no país, tema que ganhou força política com o crescimento do partido Chega. Em junho, milhares de estrangeiros já haviam sido notificados sobre a rejeição de pedidos de regularização, incluindo muitos brasileiros.
Ainda em discussão, outro projeto propõe o fim do direito automático à cidadania para filhos de imigrantes nascidos em Portugal. A alteração exigiria três anos de residência legal dos pais antes do nascimento.
Também poderá ser ampliado o período mínimo de residência para solicitação de nacionalidade: de cinco para dez anos (ou sete para cidadãos da CPLP). Há ainda a previsão de perda da cidadania para naturalizados condenados por crimes graves.
Atualmente, vivem em Portugal cerca de 1,5 milhão de imigrantes, 15% da população. Os brasileiros representam a maior comunidade, com mais de 500 mil pessoas.
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Tags: Portugal, imigração, brasileiros em Portugal, lei de estrangeiros, reunião familiar, vistos Portugal, cidadania portuguesa, CPLP, política migratória, governo português
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