O Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS-CE) oferece nesta semana, de 22 a 25 de agosto, uma programação que ainda celebra o Dia Mundial da Fotografia, comemorado em 19 de agosto. O MIS funciona de quinta a domingo, das 13h às 20h, com acesso às exposições até às 19h30. Toda a programação é gratuita. O MIS integra a Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará), com gestão em parceria com o Instituto Mirante.
Dando sequência às comemorações do Dia Mundial da Fotografia, de 5 a 28 de agosto, o painel de LED na Praça do MIS exibirá, das 12h às 21h, imagens realizadas por 70 fotógrafas cearenses na mostra “Mulheres Fotógrafas e seus Territórios Imagéticos”. As artistas foram especialmente convidadas a participar dessa mostra com obras autorais, homenageando assim o trabalho artístico feminino cearense e a data comemorativa. A mostra está em consonância com a proposta de se criar um carrossel imagético e afetivo, composto por obras de artistas fotógrafas de diferentes gerações e de diferentes estéticas, unidas em uma única narrativa coletiva.
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No sábado (27), ocorrerá o lançamento do livro “Fotógrafas Brasileiras: Imagem Substantiva”, de Yara Schreiber, às 18H30, na Praça do MIS. Com pós-doutorado em Fotografia pela ECA-USP, Yara Schreiber Dines é antropóloga, historiadora, pesquisadora, escritora, fotógrafa e curadora. Seu livro faz um passeio pela atuação de fotógrafas brasileiras, principalmente no século XX, com um enfoque na memória, em gênero e na antropologia visual. Trata-se de um contato com o celeiro gerado por mulheres artistas no país, enfatizando-se a sua potência, diversidade e visibilidade, trazendo à tona uma ampla produção, sinalizada pela variedade de olhares e pela presença em diferentes tendências dessa linguagem.
Na publicação, propõe-se a visibilização e o empoderamento de fotógrafas brasileiras ainda pouco lembradas, no intuito de que haja o fortalecimento de seus ensaios e exposições e a criação efetiva de uma política pública de formação de arquivos de mulheres artistas nas instituições públicas e privadas, a fim de propiciar a realização de pesquisas e reflexões. O livro busca sua valorização e reconhecimento ao enfatizar a trajetória e a ação de mulheres fotógrafas visando a ocupação de seu devido espaço social como criadoras e produtoras de saber no campo da arte e da fotografia.
No domingo (28), em conversa com o público na praça do MIS a partir das 17h, Narcélio Grud abordará a sua produção de esculturas sonoras, passando pela pesquisa das Sucatas Sonoras e da Exposição Dhamma até as obras Estação e a série Pacha Mamma. Nesse trajeto, o artista irá compartilhar sobre o processo e o caminho que vem percorrendo em sua pesquisa e produção.
Narcélio Grud é um artista-inventor que cria objetos animados, que compõem uma síntese de elementos cinéticos, visuais e sonoros. Desde o início de sua carreira artística através da arte urbana, vem explorando as diversas vertentes que a arte lhe oferece, principalmente esculturas e instalações. Apaixonado pela cinética, seus trabalhos têm uma relação explícita com o movimento que, às vezes, é resultado de interações com o ambiente, e outras de interação com o público. Sem utilizar baterias ou combustíveis, a força motriz das obras de Narcélio é sempre limpa e independente, seus materiais diversos, desde aço e madeira, até objetos comuns e sucata. Desde 2013, realiza o Festival Concreto – Festival Internacional de Arte Urbana, em Fortaleza-CE, que engloba diferentes vertentes da arte urbana e busca incentivar a produção da arte local.
As Esculturas Sonoras de Narcélio Grud ocupam a Praça do MIS, diariamente, e ficam até 28 de agosto. É possível vê-las e interagir com elas mesmo que o museu esteja fechado. Nesta instalação, o movimento dos ventos geram melodia, a interação com o público produz sons e efeitos ópticos. As melodias são harmônicas entre si, baseadas livremente na obra Recordación Andina, de Rogério Craveiro e Anassaildes. Porém, dependendo da velocidade do giro de cada obra, impulsionado pelo público, os sons compõem paisagens sonoras distintas. A estrutura formal das obras é baseada na Geometria Sagrada, das formas simétricas da natureza e das ondas sonoras.
E seguem abertas três exposições, sempre de quinta a domingo, das 13h às 20h (com acesso até 19h30). “Ontem choveu no futuro” é uma instalação concebida pelo artista Batman Zavareze, na sala imersiva (andar -2 do anexo), com projeções que se expandem para todas as superfícies da sala (paredes e chão), mergulhando o público em imagens e sons. “Leocácio Ferreira – Todos juntos, vamos…!”, com curadoria de Rosely Nakagawa, oferece um passeio pela obra deste fotógrafo que atuou no Ceará nas décadas de 1960-1970 e construiu sua própria câmera panorâmica. Fica no andar +2 do anexo. E a “Laboratório dos Sentidos”, no casarão do MIS, é uma exposição interativa que oferece vários equipamentos para os visitantes manipularem e experimentarem conceitos relacionados à imagem e ao som. Para acessar as exposições, é necessário apresentar documento de identificação com foto. Conforme decreto vigente, recomenda-se o uso de máscara de proteção.
Acompanhe a programação do MIS e veja mais informações no site: mis-ce.org.br.
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