

Segundo a Folha de S.Paulo, chaves de acesso da Polícia Militar do Rio de Janeiro podem ter sido utilizadas para raspagem robótica de dados de milhares de brasileiros | Foto: reprodução
01 de dezembro de 2025 – O Ministério da Justiça e Segurança Pública deve substituir o sistema de inteligência utilizado nacionalmente pelas polícias para cruzamento de dados de pessoas, empresas e veículos. A mudança ocorre após suspeitas de vazamento e uso indevido de informações da plataforma Córtex.
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Segundo apuração da Folha de S.Paulo, chaves de acesso vinculadas à Polícia Militar do Rio de Janeiro teriam sido utilizadas para realizar raspagem robótica de dados, envolvendo cerca de 70 milhões de CPFs. Ao todo, mais de 213 milhões de consultas foram feitas a partir da conta do governo fluminense.
O novo sistema deve ser implementado no primeiro semestre de 2026 e promete mais segurança, com auditorias automatizadas, maior rastreabilidade das consultas e transparência na gestão das informações sensíveis.
Para conter a brecha, o Ministério da Justiça determinou o recadastramento de todos os órgãos que possuem acesso oficializado. O procedimento ocorrerá entre 18 e 28 de janeiro, período em que a plataforma ficará bloqueada. Apenas as instituições recadastradas receberão novas credenciais.
A plataforma Córtex foi criada em 2021, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), e deveria ser acessada exclusivamente por entidades conveniadas com o governo federal. A centralização dos dados, porém, tem levantado questionamentos sobre segurança, privacidade e conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), especialmente diante do risco de exposição de dados pessoais e registros de reconhecimento facial.
Integrantes do ministério suspeitam que as informações tenham sido extraídas por robôs utilizando credenciais originalmente cedidas à Polícia Militar do Rio de Janeiro. O Ministério da Justiça ainda apura a extensão do vazamento e possíveis responsabilidades.
O InfoMoney solicitou esclarecimentos à pasta sobre o volume de dados comprometidos e sobre a investigação dos órgãos detentores das chaves de acesso, mas não houve retorno até o momento.
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