

Votação ocorre em meio a tensões políticas entre Senado e governo | Foto: REUTERS/Mateus Bonomi
25 de novembro de 2025 — O Senado aprovou, nesta terça-feira (25), o projeto de lei complementar que regulamenta a aposentadoria especial dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e dos Agentes de Combate às Endemias (ACE). A proposta, votada sem nenhum posicionamento contrário e com 57 votos favoráveis, segue agora para análise da Câmara dos Deputados.
A tramitação ganhou destaque por ocorrer em um momento de desconforto entre parte do Congresso e o governo federal. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), teve rejeitada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva sua sugestão de nome para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF): o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Apesar das especulações de retaliação, Alcolumbre negou qualquer caráter de “pauta-bomba”. Segundo o senador, a decisão de pautar o tema já havia sido tomada há dois meses. “Isso foi uma resposta da Casa da federação do Brasil a milhares de pessoas pobres e que se dedicam todos os dias a salvar a vida de outros pobres”, afirmou, reclamando de “agressões” e “ofensas” por parte de críticos da decisão.
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Pelo texto aprovado, as regras ficam estabelecidas da seguinte forma:
O relator, senador Wellington Fagundes (PL-MT), destacou que o reconhecimento diferenciado é necessário diante do desgaste físico e dos riscos diários enfrentados pelos profissionais. “São trabalhadores que não apenas prestam atendimento, mas atuam como elo fundamental entre a população e os serviços de saúde pública”, afirmou.
Estimativas da mídia e do mercado financeiro apontam que o custo da medida poderá chegar a R$ 40 bilhões em dez anos. Mesmo assim, nenhum senador se manifestou contra o projeto durante a votação, destacando a forte popularidade do tema e o reconhecimento da importância dos profissionais de saúde na linha de frente do SUS.
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Tags: Senado, aposentadoria especial, agentes comunitários de saúde, agentes de combate às endemias, Davi Alcolumbre, Wellington Fagundes, Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, STF, política nacional, previdência, SUS, impacto fiscal, votação no Senado, serviço público, ACS, ACE, regulamentação previdenciária, governo federal, Brasília