

A companhia também confirmou que deve concluir até o fim de novembro um empréstimo de R$ 20 bilhões junto a um consórcio de bancos | Foto: Marcelo Camargo
21 de novembro de 2025 – A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos aprovou um amplo plano de reestruturação com objetivo de reverter a crise financeira que já dura 12 trimestres consecutivos. As medidas, anunciadas pelo presidente Emmanoel Rondon no início de outubro, foram validadas pelo conselho da estatal nesta quarta-feira (19). A companhia também confirmou que deve concluir até o fim de novembro um empréstimo de R$ 20 bilhões junto a um consórcio de bancos.
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O plano foi estruturado em três eixos centrais: recuperação financeira, consolidação do modelo operacional e crescimento estratégico. Para cumprir essas metas, a estatal prevê ações a serem implementadas nos próximos 12 meses.
Entre as medidas programadas estão um novo Programa de Demissão Voluntária, redução de custos assistenciais, modernização da infraestrutura tecnológica e operacional, além da reestruturação da rede de atendimento — que poderá resultar no fechamento de até mil unidades deficitárias.
A empresa também avalia a monetização de ativos e a venda de imóveis, com potencial estimado de arrecadação de R$ 1,5 bilhão. Outro foco é a expansão do portfólio voltado ao comércio eletrônico e estudos de fusões e aquisições para fortalecer a atuação da estatal no mercado logístico.
Apesar das mudanças estruturais e da necessidade de cortes, a estatal afirma que manterá como prioridade a universalização dos serviços postais, classificada como um “compromisso estratégico e social inegociável”. Mesmo registrando déficit líquido de R$ 4,5 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025, os Correios destacam ser o único operador logístico capaz de alcançar todos os municípios brasileiros, incluindo áreas remotas.
A capilaridade da rede, responsável pela entrega de livros didáticos, materiais eleitorais e apoio humanitário em emergências, é utilizada como argumento para defender a manutenção e modernização da empresa pública.
A expectativa da atual gestão é reduzir o déficit em 2026 e retomar resultados positivos já em 2027. Porém, o cenário traz incertezas importantes: a dependência de crédito em um mercado instável, dificuldades para vender ativos em ambiente econômico volátil e a necessidade de competitividade frente a operadores privados que ampliam investimentos no setor logístico.
Ainda assim, a direção da estatal avalia que o novo plano cria condições reais para a recuperação do papel estratégico dos Correios e para a reconstrução da confiança no serviço postal brasileiro.
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