

MP do Ceará desencadeia ofensiva contra streaming pirata em operação inédita | Foto: divulgação
.18 de novembro de 2025 — O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), com apoio da Polícia Civil e do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça, deflagrou em Fortaleza a Operação Endpoint, com o objetivo de desarticular uma sofisticada estrutura criminosa voltada à pirataria digital, à lavagem de dinheiro e à atuação de organização criminosa em ambiente virtual.
Ao todo, estão sendo cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva, além do sequestro de bens e valores e da suspensão das atividades de 14 empresas investigadas, que atuariam como suporte financeiro e operacional para o esquema ilegal.
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O Procedimento Investigatório Criminal foi aberto após a identificação de possíveis crimes de violação de direitos autorais, lavagem de dinheiro e organização criminosa, supostamente praticados por operadores de plataformas ilegais de streaming, com destaque para as marcas “DezPila”, “Tyflex” e “Onlyflix”.
Segundo o MPCE, quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático revelaram expressiva movimentação financeira em contas ligadas aos investigados, com forte origem em pirataria digital. Também foram encontrados indícios do uso de criptoativos para ocultação de patrimônio e de uma rede de apoio operacional envolvendo logística, suporte financeiro e recrutamento de novos participantes.
A investigação apontou ainda o uso frequente de “laranjas” para movimentar valores e ocultar a real titularidade dos bens, além da constituição de empresas para pulverização dos recursos ilícitos. Houve também indícios de compra e venda de máquinas para mineração de criptomoedas e suspeitas de furto de energia elétrica para alimentar estruturas de operação clandestina.
Os investigados atuavam como falsos prestadores de serviços de TV por assinatura, oferecendo conteúdo televisivo, filmes e séries sem autorização legal. A captação de clientes era realizada por meio de páginas hospedadas em ferramentas de criação de sites como Wix e Hostinger, além de redes sociais, grupos de WhatsApp e canais no Telegram.
A monetização da atividade criminosa era viabilizada por sistemas de pagamento online por meio de gateways e checkouts especializados, com forte uso de transferências via Pix.
Com base nas provas reunidas, o MPCE solicitou ao Judiciário:
No campo da computação, endpoint é o ponto de acesso que conecta sistemas e permite troca de informações. O nome da operação reflete a estratégia central da ofensiva: rastrear e bloquear servidores, painéis de revenda de IPTV e dispositivos que sustentavam a pirataria digital em larga escala.
A ação reforça o compromisso do Ministério Público do Ceará no combate a crimes cibernéticos, proteção dos consumidores e fortalecimento do mercado legal de audiovisual.
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