

Butantan aguarda decisão final sobre registro do imunizante | Foto: Butantan/Divulgação
08 de novembro de 2025 – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pode aprovar, já no fim da próxima semana, a vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (7) durante coletiva de imprensa que discutiu estratégias para reduzir o tempo de análise de medicamentos e produtos biológicos.
Segundo o diretor da Anvisa, Daniel Pereira, o processo do imunizante é considerado prioritário. “A vacina de dengue do Butantan é um processo prioritário para a agência. Nossa expectativa é que, ainda na primeira quinzena de novembro, possamos concluir a análise e autorizar o registro”, afirmou.
Pereira destacou que a avaliação envolveu longas discussões técnicas com especialistas externos. Até o momento, nenhum outro laboratório solicitou registro de vacinas semelhantes. Caso seja aprovada, a vacina do Butantan será um passo importante no combate à dengue, que segue como uma das principais preocupações de saúde pública no país.
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Durante a coletiva, a Anvisa também anunciou que pretende utilizar ferramentas de inteligência artificial (IA) para acelerar em até 50% o tempo de avaliação de novos medicamentos. O presidente da Anvisa, Leandro Safatle, explicou que o número de pedidos de registro cresce cerca de 10% ao ano, o que pode fazer com que algumas análises demorem até três anos.
“Estamos implementando um conjunto de ações que devem reduzir significativamente os prazos de análise na Anvisa”, afirmou Safatle. A agência atualmente tem 1,1 mil medicamentos sintéticos e cerca de 100 produtos biológicos na fila para avaliação. A meta é que, até dezembro de 2026, todas as áreas consigam cumprir o prazo legal de um ano.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que participa de uma reunião do G20 na África do Sul, anunciou um aporte de R$ 25 milhões para apoiar o uso de IA na Anvisa. O objetivo é reduzir o tempo de aprovação de medicamentos inovadores e vacinas no Brasil.
Padilha destacou que a agilidade regulatória é essencial para fortalecer a produção nacional de medicamentos e ampliar o acesso da população a novos tratamentos. “Acreditamos que isso vai reduzir o tempo para projetos de inovação e fazer com que medicamentos novos cheguem mais rápido à população brasileira”, afirmou o ministro.
O ministério também confirmou a criação de um comitê de acompanhamento do plano e novas parcerias com empresas da África do Sul e da Indonésia para acelerar a produção de vacinas contra a tuberculose no Brasil.
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