

Destróier USS Gravely, em 2013 | Foto: D. L. "Paul" Farley/Marinha dos Estados Unidos
20 de agosto de 2025 – Os Estados Unidos deslocaram três navios de guerra da classe Arleigh Burke para o sul do Caribe, próximos à costa da Venezuela, em uma operação militar que reacende a tensão entre Washington e Caracas. Segundo informações da Reuters e da Associated Press, os destróiers USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson fazem parte de uma estratégia de contenção contra cartéis de drogas, classificados pelo governo norte-americano como organizações terroristas.
A movimentação militar ocorre na mesma semana em que a porta-voz do governo Trump, Karoline Leavitt, afirmou que os EUA usarão “toda a força” contra o regime de Nicolás Maduro. O líder venezuelano já havia sido formalmente acusado de narcoterrorismo em 2020, durante o primeiro mandato de Donald Trump, e atualmente é alvo de uma recompensa de até US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) por informações que levem à sua prisão.
Segundo o Pentágono, mais de 4.000 militares norte-americanos estão envolvidos na operação, cujo início foi registrado na segunda-feira (18). A duração estimada da manobra é de 36 horas, mas a posição final dos destróiers não foi divulgada.
Os três destróiers americanos enviados à Venezuela foram projetados com sistemas de combate Aegis, capazes de monitorar simultaneamente mais de 100 alvos em um raio superior a 190 km. Além disso, as embarcações contam com lançadores verticais de mísseis Tomahawk de longo alcance.
Outro diferencial é o sistema de proteção contra armas químicas, biológicas e nucleares. Os navios possuem compartimentos pressurizados, escotilhas duplas, câmaras de descontaminação e blindagem eletrônica contra pulsos eletromagnéticos, garantindo maior segurança em cenários de guerra moderna.
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Os destróiers também contam com hangares para helicópteros MH-60 Seahawk, que ampliam as funções operacionais das embarcações, incluindo transporte de suprimentos, missões de resgate e apoio aéreo. O espaço também pode ser usado para a operação de drones, reforçando a versatilidade militar dos navios.
Em resposta, Nicolás Maduro anunciou a ativação de mais de 4,5 milhões de milicianos em todo o território nacional, como parte de um plano de defesa contra os EUA. As milícias, criadas no governo Hugo Chávez, atuam como força de apoio às Forças Armadas da Venezuela.
A escalada militar na região reforça o risco de novos atritos entre os dois países, colocando a Venezuela mais uma vez no centro da disputa geopolítica internacional.
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Tags: EUA enviam navios de guerra para Venezuela, destróiers classe Arleigh Burke, sistemas Aegis, defesa contra armas químicas, Nicolás Maduro narcoterrorismo, operação militar EUA Caribe, USS Gravely, USS Jason Dunham, USS Sampson, helicópteros MH-60 Seahawk, tensão EUA Venezuela