

Análise preliminar deve definir rito acelerado para punições | Foto; reprodução
11 de agosto de 2025 — A Corregedoria da Câmara dos Deputados recebeu nesta segunda-feira (11) as denúncias contra 14 parlamentares do PL, PP e Novo que participaram do bloqueio aos trabalhos da Casa. A partir de agora, o corregedor Diego Coronel (PSD-BA) terá 48 horas para se manifestar sobre pedidos de suspensão e cassação, podendo recomendar um rito sumário que antecipe punições antes da conclusão do julgamento no Conselho de Ética.
Segundo Coronel, os casos mais simples poderão ser resolvidos rapidamente, enquanto os mais complexos podem ter prazo estendido. A expectativa é que os pareceres sejam apresentados à Mesa Diretora até a próxima quarta-feira (13).
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A lista inicial inclui nomes como Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Zucco (PL-RS), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Carlos Jordy (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG), Allan Garcês (PP-MA), Caroline de Toni (PL-SC), Marco Feliciano (PL-SP), Domingos Sávio (PL-MG), Zé Trovão (PL-SC), Bia Kicis (PL-DF), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Marcos Pollon (PL-MS) e Julia Zanatta (PL-SC).
O PL também protocolou denúncia contra a deputada Camila Jara (PT-MS), acusada de empurrar Nikolas Ferreira no plenário. Coronel adiantou que outros parlamentares podem ser incluídos durante a análise técnica do caso.
O rito acelerado, criado na gestão de Arthur Lira (PP-AL), permite suspender deputados de forma imediata após manifestação da Corregedoria e decisão da Mesa Diretora, sem aguardar o julgamento completo no Conselho de Ética. O mecanismo já foi usado para suspender Gilvan da Federal (PL-ES) e André Janones (Avante-MG), com aval do Conselho.
O atual presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defende punições exemplares para impedir novos motins e reforçar sua autoridade. A ocupação que motivou as denúncias durou mais de 30 horas e foi organizada em protesto contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu na última sexta-feira (8) a cassação dos mandatos dos parlamentares envolvidos, classificando-os como “traidores da pátria”. Já o vice-presidente Geraldo Alckmin chamou o episódio de “inadmissível” e ressaltou que o Parlamento deve funcionar independentemente de discordâncias políticas.
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Tags: Câmara dos Deputados, corregedoria, Diego Coronel, Hugo Motta, motim no plenário, deputados suspensos, Conselho de Ética, rito sumário, Lula, Alckmin, Jair Bolsonaro, crise política, oposição, punições parlamentares, política brasileira