

Estudo aponta eficácia de medicamento experimental contra obesidade com efeitos adversos leves | Foto: REUTERS/Mike Blake
15 de junho de 2025 — A farmacêutica Eli Lilly, conhecida pelo Mounjaro, apresentou resultados iniciais promissores de seu novo medicamento experimental eloralintida, voltado para o tratamento da obesidade. Segundo dados divulgados na última sexta-feira (13), antes do Congresso da Associação Americana de Diabetes (ADA), em Chicago, o remédio foi capaz de reduzir até 11,3% do peso corporal em apenas 12 semanas, com efeitos colaterais leves.
O estudo envolveu 100 pacientes que receberam doses variadas de eloralintida ou placebo durante três meses. A perda de peso variou entre 2,6% e 11,3%, enquanto os efeitos adversos gastrointestinais foram considerados leves: 10% relataram diarreia e 8% vômitos. A droga, que imita o hormônio amilina, atua desacelerando a digestão e prolongando a saciedade.
A eloralintida se posiciona como uma alternativa potencialmente mais branda às injeções já disponíveis no mercado, como o Mounjaro, Ozempic e Wegovy, que frequentemente causam náuseas e vômitos.
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A indústria farmacêutica está intensificando os investimentos no mercado de perda de peso. A Roche firmou um acordo de US$ 5,3 bilhões com a Zealand Pharma para desenvolver o medicamento petrelintida, da mesma classe de amilinas. A AbbVie também anunciou sua entrada no setor, com um acordo de US$ 2,2 bilhões com a Gubra A/S. Já a Metsera Inc., startup de Nova York, aposta em um composto administrado com menos frequência do que as injeções semanais atuais.
A Eli Lilly segue como líder do setor com o Mounjaro, mas já testa novas combinações e fórmulas, como o comprimido orforglipron, a injeção retatrutida e agora a eloralintida isolada ou combinada com Mounjaro, uma abordagem similar à da concorrente Novo Nordisk com o CagriSema.
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