Integrando a Rede Sentinela do Ministério da Saúde (MS), o Hospital Regional Norte (HRN), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), administrada pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), em Sobral, foi escolhido para implantar o projeto-piloto de uma nova metodologia de vigilância de síndrome gripal. Serão gerados relatórios para fortalecer esses serviços nas 308 unidades de saúde da rede no país. A Sentinela é uma estratégia do MS que funciona como observatório no âmbito dos serviços para o gerenciamento de riscos à saúde.
O HRN recebeu visita técnica de uma equipe composta por técnicos do Ministério da Saúde, da Superintendência da Região Norte da Sesa e do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) – Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta, nos Estados Unidos. O objetivo foi conhecer os fluxos dos serviços de vigilância de vírus respiratórios e discutir estratégias de fortalecimento.
As visitas aos hospitais pretendem aprimorar os indicadores de vigilância sentinela para síndromes gripais, segundo a assessora técnica do Ministério da Saúde, Walquíria Almeida. “Por meio da análise dos indicadores poderemos embasar os dados e avaliar se os hospitais da Rede Sentinela dão hoje respostas que consigam identificar os vírus circulantes e possam sinalizar surtos e epidemias”, avalia.
O médico epidemiologista do CDC de Atlanta, Will Clara, explicou que a escolha do HRN para dar início ao projeto teve relação com as características do hospital. “A unidade é referência na região e tem potencial para melhorar a qualidade do monitoramento de longo prazo”, avalia.
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A coordenadora de vigilância em saúde da Superintendência da Região Norte da Sesa, Arminda Evangelista de Moraes Guedes, explicou que estão sendo realizadas visitas de monitoramento para aprimorar a atuação das unidades sentinela. “Estamos monitorando o funcionamento das ações de vigilância epidemiológica e ampliando essa atuação”, ressalta.
A Rede Sentinela é uma estratégia do Sistema de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária (Vigipos), que funciona como observatório no âmbito dos serviços para o gerenciamento de riscos à saúde. O programa trabalha em atuação conjunta com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) do Governo Federal.
Em 2000, com a circulação endêmica de vários vírus respiratórios e com distintos cenários epidemiológicos identificados a cada ano, o Brasil criou o sistema de vigilância das síndromes respiratórias para o monitoramento dos vírus de influenza no país, a partir de uma rede de hospitais sentinela de síndrome gripal.
O HRN recebeu o selo de vigilância sentinela da síndrome gripal em 2021. Além do HRN, participam da Rede Sentinela outras unidades da Rede Sesa: Hospital de Messejana (HM), Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC) e Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara (HGWA), em Fortaleza; e Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim.
Segundo a coordenadora do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do HRN, Maria Josimar Bezerra, o objetivo é monitorar a circulação de vírus respiratórios, conhecer a proporção de síndromes gripais entre o total de atendimentos realizados na unidade, identificar as variantes sazonais e a distribuição dos vírus por faixa etária, além de promover cepas virais para a formulação de vacinas de influenza, fornecer informações oportunas e de qualidade para o planejamento e adequação do tratamento, além de estabelecer medidas de prevenção e controle relacionados à síndrome gripal. “Com essa nova metodologia, o Hospital Regional poderá ajudar muito mais na prevenção e controle das doenças de síndromes respiratórias agudas”, explica Bezerra.
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