O período carnavalesco pode ser o momento ideal para fugir da rotina e viajar. E o Maranhão é uma ótima escolha para isso, principalmente se a decisão for pelos Lençóis Maranhenses, destino turístico muito procurado por brasileiros e estrangeiros. Com mais dias disponíveis graças aos pontos facultativos do carnaval, dá para visitar um dos lugares mais remotos e isolados da região: o vilarejo Atins, no município de Barreirinhas.
Com dunas, lagoas, praia e o clima tranquilo de suas ruas de areia, é possível compreender porque tanta gente deseja conhecer ou retornar ao povoado. Mas é bom se atentar a alguns pontos importantes na hora de se planejar para que a viagem seja o mais proveitosa possível.
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Esse é um dos primeiros itens com o qual todo viajante se preocupa. Alguns destinos podem ser escolhidos até mesmo em função dele, pois escolher mal o meio de hospedagem pode sacrificar toda a experiência. Por isso, o recomendado é não deixar a reserva da hospedagem para a última hora, pois haverá menos opções disponíveis à medida que as acomodações forem sendo reservadas por outras pessoas.
De acordo com dados do Observatório do Turismo do Maranhão, no ano passado a média de ocupação em Barreirinhas durante o carnaval foi de 85,9%. “A demanda costuma ser maior no carnaval, assim como em feriados, por isso o ideal é não perder tempo e reservar o quanto antes a hospedagem”, avalia Saulo Prazeres, um dos responsáveis pelo hotel Vila Aty Eco Lodge, localizado em Atins.
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O vilarejo fica a pouco mais de 280 km de São Luís. A maior parte dos turistas dirige-se primeiro à região mais central de Barreirinhas (distante cerca de 250 km da capital), onde é possível chegar em voo comercial ou privativo, ônibus, van, táxi compartilhado ou privativo e carro próprio ou alugado. Quem decide ir dirigindo precisa deixar o automóvel em Barreirinhas (preferencialmente em estacionamento) para seguir viagem até Atins em outro meio de transporte. Caso esteja em veículo 4×4, é possível seguir com o carro até a hospedagem em Atins com ajuda de um GPS, dirigindo por trilha que não passa pelo Parque Nacional dos Lençóis.
Partindo da região central de Barreirinhas, o restante do percurso até o povoado pode ser feito feito por terra — em veículo 4×4 conduzido por pessoa credenciada — ou pelo rio Preguiças — em lancha compartilhada ou privativa que vai até o porto de Atins, de onde partem veículos 4×4 que levam os turistas até os respectivos locais onde ficarão hospedados. Por terra, a viagem dura de uma hora e meia a duas horas; pelo rio, cerca de uma hora. Além disso, também dá para chegar ao povoado de helicóptero.
“Em geral, a maioria dos nossos clientes prefere ir para Atins de lancha por causa da experiência em si, principalmente a compartilhada. Alguns querem mais conforto, flexibilidade de horário e otimização do percurso, e optam pelo nosso transfer em lancha privativa, que transforma o trajeto em um passeio com paradas em Vassouras e oásis dos pescadores”, conta Saulo.
Dentro do vilarejo, o transporte é feito em jardineiras ou quadriciclos (inclusive na modalidade quadritáxi). Alguns hotéis, como o Vila Aty, disponibilizam gratuitamente aos seus hóspedes esse serviço de deslocamento interno no povoado, então é bom avaliar se essa comodidade pode ser um fator decisivo na hora de selecionar a hospedagem.
Em fevereiro, é possível aproveitar a praia de Atins, fazer passeio de quadriciclo, contemplar a revoada dos guarás em um barco durante o entardecer ou andar a cavalo nas dunas sob o nascer ou pôr do sol. É nesse período também que podem ser visitados o Poço Verde e a Cachoeira do Bonzinho, formados a partir do rompimento das lagoas dos Lençóis por conta das chuvas.
“Definir de antemão quais passeios você quer fazer pode ser uma boa pedida se o seu objetivo for desbravar Atins ao máximo. Às vezes, dá para encaixar mais de um passeio em um mesmo dia, então é uma boa ideia conversar com a equipe do hotel para tirar dúvidas antes mesmo de chegar ao povoado”, orienta o empresário.
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