O aumento da procura por destinos turísticos de natureza no pós-pandemia e a popularização do uso de bicicletas formam a dupla perfeita para incentivar uma prática que tem no Brasil um dos ambientes mais propícios. Estamos falando do cicloturismo, modalidade que alia esporte, atitudes saudáveis e, além disso, a chance de conhecer atrativos e destinos únicos a bordo de uma bike.
A Agência de Notícias do Turismo indica trilhas sinalizadas para os que amam botar o pé, ou melhor, o pedal na estrada e desfrutar de passeios incríveis que uma viagem de bicicleta é capaz de proporcionar. Se você é um deles – ou tem interesse em se lançar nessa apaixonante jornada -, prepare a “magrela” e confira as nossas dicas!
>>>SIGA O YOUTUBE DO PORTAL TERRA DA LUZ <<<
Caminho da Fé (São Paulo e Minas Gerais) – Inspirado no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, envolve destinos de São Paulo e Minas Gerais. O trajeto inclui a cidade de Aparecida, capital nacional do catolicismo e que atrai milhares de fiéis anualmente. Totalizando cerca de 2.500 quilômetros, o caminho percorre belas paisagens em meio às montanhas da Serra da Mantiqueira.
Estrada Real (Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo) – O famoso percurso mineiro engloba várias cidades históricas e belas paisagens naturais. Uma das opções do circuito é o Caminho Velho, que liga o município de Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro, a antigas regiões de extração de ouro em Minas Gerais, a exemplo de Ouro Preto, Tiradentes e São João del-Rei.
Trilha Amazônia Atlântica (Pará) – Ligando a Comunidade Maravilha, em Santa Izabel do Pará, à Serra do Piriá, em Viseu, no Pará, a trilha percorre cerca de 30 comunidades tradicionais. No percurso, é possível ter uma ótima experiência cultural, gastronômica e de contato com a biodiversidade amazônica, incluindo igarapés, rios e a maior faixa contínua de manguezal do continente.
Caminho de Cora Coralina (Goiás) – A trilha, com aproximadamente 300 quilômetros de extensão, cruza vários destinos históricos, como Corumbá de Goiás, Pirenópolis e a Cidade de Goiás, entre outros. O caminho, cujo nome homenageia uma das mais famosas poetisas brasileiras, Cora Coralina, interliga povoados, fazendas e diversos atrativos culturais.
Caminhos do Planalto Central (Brasília-DF) – O percurso, integrante do Caminho dos Goyazes (que liga a Cidade de Goiás à Chapada dos Veadeiros, em Goiás), é formado por 400 quilômetros de trilhas, que percorrem áreas como a Floresta Nacional de Brasília e a Pedra Fundamental da capital federal, no Morro do Centenário. O trajeto reúne belas paisagens e atrativos históricos.
Serras do Agreste do Rio Grande do Norte (RN) – O trajeto tem como base o município de Passa e Fica (RN), no limite com o estado da Paraíba e a cerca de 110 quilômetros de Natal, capital potiguar. Cercado por montanhas e grutas em meio a cenários do Agreste, o percurso proporciona uma visão privilegiada da Pedra da Boca, com cerca de 335 metros de altura. A formação rochosa se localiza no parque de mesmo nome, já na Paraíba, e que integra o Caminho das Ararunas, repleto de cânions, vilas e povoados.
Vale Europeu (Santa Catarina) – O percurso engloba um total de 300 quilômetros, passando por cidades como Timbó e Pomerode. O trajeto é repleto de localidades rurais marcadas pela imigração alemã e italiana, que ainda conservam a arquitetura e os costumes típicos, além de oferecer paisagens naturais deslumbrantes – com direito, ainda, a algumas cervejarias.
Caminho das Araucárias (Santa Catarina e Rio Grande do Sul) – O roteiro, com aproximadamente 600 quilômetros de trilhas, percorre destinos nos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Ao longo do caminho, tendo a Mata Atlântica como cenário, o visitante pode apreciar belas paisagens, campos, rios, matas, comunidades tradicionais e a cultura local, entre outros atrativos.
Leia também | Triatleta da Rede Cuca se destaca no Campeonato Mundial de Triathlon na Eslováquia
No último dia 07 de agosto, a Prefeitura Municipal de Tremembé (SP), palco de atrativos religiosos como a Basílica do Senhor Bom Jesus, lançou o Circuito Trapista de cicloturismo. O roteiro possui mais de 27 quilômetros sinalizados, onde o visitante conhece locais percorridos por monges trapistas no início do século XX, em meio às belezas naturais da Serra da Mantiqueira.
O cicloturismo é uma das modalidades beneficiadas pela Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade (RedeTrilhas), mantida pelos ministérios do Turismo, do Meio Ambiente e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Sinalizados com pegadas pretas e amarelas, os percursos, que já somam mais de 2 mil quilômetros cadastrados na Rede, buscam desenvolver roteiros integrados em todo o país.
Em junho deste ano, o MTur oficializou a criação do Grupo Técnico de Cicloturismo, no âmbito do Fórum de Mobilidade e Conectividade Turística (Fórum MOB-Tur). O GT é responsável por levantar, analisar e compilar estudos e boas práticas voltados ao desenvolvimento e à melhoria da infraestrutura necessária à circulação de ciclistas em destinos turísticos, rotas e circuitos.
Criada pela Lei 13.508/2017, a data homenageia o biólogo Pedro Davison, vítima de um atropelamento fatal no ano de 2006 por um motorista embriagado quando pedalava em Brasília (DF). O Dia Nacional do Ciclista tem como objetivo alertar quanto à necessidade de proteção a usuários de bicicletas no trânsito, seja a lazer, a trabalho ou como prática esportiva.
Leia também | Tradições, cultura e ciclos marcam a história do Norte do Brasil