Os líderes do PDT no Ceará têm dito que a definição do nome do candidato a governador do Estado sairá até a próxima semana. O cacique do partido e também presidenciável Ciro Gomes disse, recentemente, que o critério que o partido adotaria para a escolha do nome entre os quatro pré-candidatos seria uma pesquisa eleitoral.
Se for mesmo a pesquisa o critério, o mistério acabou. O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, é o preferido dos eleitores entre os quatro nomes do PDT colocados à prova.
O Instituto Quaest realizou, entre os dias 27 de junho e 1º de julho, uma pesquisa com 1.500 eleitores maiores de 16 anos adotando quatro cenários diferentes em que os nomes de Roberto Cláudio, da governadora Izolda Cela, do deputado federal Mauro Benevides Filho e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão, foram avaliados no confronto com o capitão Wagner (União Brasil), que tem o apoio do presidente Bolsonaro (PL).
A coleta dos dados foi feita por meio de entrevistas face-a-face, com o uso de questionários estruturados. A pesquisa, segundo informou o Quaest, foi registrada junto à justiça eleitoral e protocolada com os números CE05334/2022 e BR07841/2022, tem nível de confiança de 95% e margem de erro de 2,5 pontos para mais ou para menos.
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No primeiro cenário, o candidato Capitão Wagner aparece com 44% das intenções de voto. Se a eleição fosse hoje, Roberto Cláudio teria 40% dos votos. Considerando a margem de erro da pesquisa, os dois estão tecnicamente empatados. Indecisos somam 3% e brancos e nulos 13%.
Nos demais cenários, o candidato venceria a eleição no primeiro turno, que será realizado no próximo dia 2 de outubro.
No confronto com a governadora Izolda Cela, o capitão aparece com 52% das intenções, enquanto Izolda teria 30%. Indecisos somam 4% e brancos e nulos 14%.
No terceiro cenário, o capitão teria 55% dos votos contra 23% do deputado federal Mauro Benevides Filho. 4% dos eleitores ficaram indecisos e 14% optaram por votar em branco ou anular o voto.
No quarto e último cenário, o capitão Wagner venceria a eleição com 59% dos votos. O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão, ficaria com 17% dos votos. Indecisos somam 5% e brancos e nulos 19%.
Publicamente, o PT, que faz parte da coalização que administra o Ceará há quatro mandatos, tem declarado apoio à governadora Izolda Cela. Ocorre que, conforme a pesquisa Quaest, há um risco enorme de entregar o governo para a oposição já no primeiro turno.
O senador Cid Gomes (PDT), irmão de Ciro, prometeu entrar em campo para costurar a aliança dos partidos da base aliada tão logo seja anunciado o nome dos pedetistas para a disputa. O nome preferido dos Ferreira Gomes, como são conhecidos os irmãos, pode dar um pouco mais de trabalho para manter a aliança, mas segundo as pesquisas, é o nome que tem chance de brigar pela cadeira de governador, no Palácio Abolição.
A próxima semana promete ser quente e agitada nos bastidores da política cearense. Mas tão importante quanto a definição do nome é a manutenção da base aliada para a difícil missão de derrotar o capitão Wagner.
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