As startups costumam percorrer jornadas rápidas de crescimento e valor de mercado em um curto espaço de tempo, mas para continuar crescendo de forma consistente e segura é preciso estruturar uma boa governança corporativa, pilar essencial para a criação de valores e cultura organizacional da empresa. A governança nas startups não só é uma forma de evitar problemas, ela agrega valor ao negócio, aumentando as chances de harmonizar interesses, excelência da operação, segurança da gestão e sucesso do empreendimento.
A maioria das startups nasce da ideia do fundador, que também acaba por concentrar papéis administrativos. Conforme a empresa cresce, novas pessoas são inseridas nesse contexto, como sócios, diretores, acionistas e gerentes e os conflitos dos interesses tendem a se instalar.
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A governança contribui para a melhoria dos processos, para a definição da estrutura organizacional e responsabilidades na empresa, impulsionando o crescimento orgânico, dando segurança aos investidores, com melhores resultados. Outro ponto positivo com a implantação da governança corporativa nas startups é a valorização da imagem e o valor de mercado, que faz a diferença no ambiente competitivo e, ainda, evita o envolvimento da empresa em crises, afinal, os passos dados são mais previsíveis.
Considerando que a governança é um conjunto de práticas para fortalecer a organização, conjugar interesses e conciliá-los com os órgãos de fiscalização e regulamentação, baseia-se em 4 princípios básicos e necessários: transparência, equidade, prestação de contas (ou accountability) e responsabilidade corporativa, que inclui os aspectos financeiros, ambientais, o tratamento dado aos colaboradores, dentre outros.
Dessa forma, podemos concluir que a governança impacta nos processos decisórios, na clareza de objetivos, nas metas, nos sistemas de controle, no fluxo de informações e na clareza dos papéis dos stakeholders. É essencial que os diretores compreendam qual o estágio da empresa, o valor e posicionamento de mercado, o produto, a imagem e sua estruturação jurídica para aplicar processos eficientes no negócio.
Eduardo Forte é diretor financeiro da Tallos, startup cearense de Tecnologia.
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