O Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama e foi criado no início da década de 1990 com o objetivo de compartilhar informações sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.
“Por muito tempo, durante a campanha, foi estimulada a realização do autoexame das mamas para que as mulheres conseguissem identificar e tratar precocemente o câncer. No entanto, o que muitas pessoas não sabem é que essa prática foi desaconselhada pelo Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), há mais de uma década”, afirma a enfermeira especialista em Obstetrícia e coordenadora do curso de Enfermagem no UniFanor Wyden, Isabela Campello.
A grande questão, segundo a professora, é que, na maioria dos casos, ao palpar os seios é muito difícil realizar um diagnóstico precoce. Isto é: identificar pequenos caroços (com cerca de 1 cm) ou que ainda estejam restritos ao ducto mamário. “Nesse estágio inicial, a chance de “cura” é aumentada em 95%. Porém, no autoexame, geralmente, a mulher só encontra tumores com mais de 2 cm, o que significa que o câncer já pode estar em um nível avançado”, reitera Campello.
A enfermeira ressalta que palpar os seios em casa é indicado apenas como uma forma da pessoa conhecer seu próprio corpo e procurar um especialista se encontrar algo diferente. “Seja no banho, seja no momento da troca de roupa, seja em outra situação do cotidiano, o ideal é que a mulher não se preocupe com técnica ou momento do mês específico”, complementa.
Outro problema de realizar o autoexame de forma “metodizada”, como aponta Campello, é que, ao palpar e não encontrar nada, a pessoa pode acreditar que não tem problema algum e deixar de fazer avaliações de rotina que detectariam a doença precocemente.
“Quando falamos em prevenção, devemos enfatizar os hábitos saudáveis [não fumar e beber], dieta equilibrada, prática de exercícios frequente e a visita regular ao ginecologista. Enquanto no autoexame é difícil identificar um tumor em estágio inicial, na mamografia é possível encontrar esses pequenos nódulos irregulares e diminuir o número de mortes relacionadas ao problema”, conclui a especialista.
O curso de Fisioterapia do UniFanor Wyden também participa de forma ativa da campanha Outubro Rosa. Os estudantes do curso, ao longo do mês, estarão no Núcleo Integrado de Saúde (NIS) do Campus Dunas, oferecendo orientações e dicas no âmbito da área da saúde.
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