Se muita gente já estava achando difícil usar o carro e até cozinhar usando o GLP, a situação vai ficar ainda mais complicada a partir deste sábado (9/10). Nesta sexta-feira (8/10), a Petrobras anunciou que a gasolina e o gás de cozinha (GLP) vão ficar 7,2% mais caros nas distribuidoras da companhia.
Segundo a Petrobras, o preço médio da gasolina passará de R$ 2,78 para R$ 2,98 por litro, ou seja, R$ 0,20 mais caro por litro. Para o gás de cozinha, o preço médio nas distribuidoras sairá dos atuais R$ 3,60 para R$ 3,86 por quilo (kg), 26 centavos a mais por kg. Como o botijão doméstico tem 13 kg, com o reajuste, cada botijão custará, em média, nas distribuidoras da Petrobras R$ 50,15.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), em agosto de 2021, último mês do levantamento, o preço médio do botijão de gás de cozinha no Brasil estava custando R$ 93. Confira abaixo os preços médios de venda do gás de cozinha para os consumidores por Estados.
No Brasil, a gasolina que é entregue nos postos de combustíveis é misturada obrigatoriamente com etanol nas seguintes proporções: 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A. Com o reajuste no preço da gasolina que sai da distribuidora chegara aos postos com o preço médio de R$ 2,18, o que corresponde a um aumento de R$ 0,15 por litro.
Na semana de 26 de setembro a 2 de outubro de 2021, o preço médio da gasolina comum vendido nas bombas dos postos de todo o Brasil, estava custando, em média, 6,092. Mas em alguns Estados e, principalmente, cidades do interior, já era possível encontra a gasolina custando mais de R$ 7. Considerando o aumento de 15 centavos, anunciado pela Petrobras nas distribuidoras, o preço médio a partir deste sábado (9/10) deve ficar em R$ 6,252.
Os demais combustíveis, etanol e óleo, não tiveram reajustes anunciados. No final de setembro, a Petrobras reajustou o preço do diesel em 8,89%, após 85 dias de preços estáveis. Hoje, segundo a pesquisa nacional da ANP, o preço médio cobrado pelo combustível nos postos brasileiros é de R$ 4,830.
Nesta sexta-feira (8/10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também anunciou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil. Segundo o IBGE, no acumulado dos últimos 12 meses até setembro, a gasolina subiu 39,6% e o gás de botijão ficou 34,67% mais caro no Brasil.
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A Petrobras informou que o reajuste da gasolina e do gás de cozinha leva em consideração o preço internacional do preço do petróleo, que tem sido impactado pela oferta limitada em virtude do crescimento da demanda em todo o mundo. A alta do preço do dólar, já que o petróleo é uma commoditie e segue o preço internacional, também tem forte influência na decisão sobre o reajuste dos preços dos combustíveis na distribuidoras.
Segundo a Petrobras, os ajustes “são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”.
Ainda assim, a estatal brasileira ainda manteve o preço da gasolina A estável por 58 dias, sem repassar imediatamente para o preço do consumidor a volatilidade externa do preço do barril de petróleo. Do mesmo modo, precisou aplicar o reajuste sobre o GLP depois de manter a estabilidade no mercado interno por 95 dias.
O dólar e a cotação do petróleo vêm tendo mais influência sobre os preços de combustíveis no Brasil desde 2016, quando a Petrobras passou a praticar o Preço de Paridade Internacional (PPI), que se orienta pelas flutuações do mercado internacional.
Nesta quinta-feira, o preço do barril de petróleo Brent – referência internacional – fechou acima em US$ 81,95, renovando máximas de cotação desde o final de 2018. No começo do ano, o preço médio estava abaixo de US$ 65. Já o dólar atingiu R$ 5,5160, a maior cotação desde 20 de abril.
Com informações de Agências de Notícias
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