Com objetivo de aperfeiçoar cada vez mais o monitoramento dos serviços de saúde, a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), implanta o programa, tendo como ponto de partida uma plataforma on-line que transforma, a partir da inteligência artificial, gestão e análise de dados em soluções para melhoria na qualidade dos serviços da Atenção Primária à Saúde.
“O programa de monitoramento da Atenção Primária à Saúde vai orientar toda a nossa política de prevenção na atenção básica. Nós estamos em processo de implantação da ferramenta e eu creio que em pouco mais de um mês já poderemos habilitar o uso dela para toda a nossa rede de 130 postos de saúde, de UPAs e de policlínicas, de forma que todas elas possam acessar o banco de dados do território em que estão localizadas. Na plataforma, as unidades terão acesso a informações como a de quais gestantes não tomaram alguma vacina ou não estão fazendo o pré-natal, para que possamos fazer a busca ativa, chamando elas para receberem o atendimento da atenção primária,” afirmou o prefeito José Sarto.
Fortaleza é a primeira capital do Nordeste a implantar a ferramenta, desenvolvida pela empresa Radar Saúde. A iniciativa já está presente em estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, como São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A plataforma é mais uma opção de monitoramento em saúde pela SMS, sendo esta tecnologia focada em soluções que permitem uma gestão mais eficiente. Na prática, todas as informações que já são compartilhadas diretamente com o Ministério da Saúde (MS) agora também terão transmissão à nova plataforma e, a partir dos dados, será possível potencializar o cuidado em predição de riscos, prevenção de doenças e promoção da saúde.
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O secretário da Saúde Galeno Taumaturgo destacou o impacto que a ferramenta terá na eficiência da saúde básica do município. “A prefeitura fez uma revolução na atenção primária no que se refere a melhorias na estrutura física, no aumento de pessoal, na distribuição de medicamentos, mas nós precisamos avançar em inovação. Essa ferramenta vem nos dar todas as informações sobre os pacientes compiladas, possibilitando o direcionamento e a individualização de situações, tornando a atenção primária mais proativa e otimizando recursos. Um dos sentidos dos postos de saúde é realizar a prevenção, e é isso que nós vamos intensificar cada vez mais com o auxílio dessa ferramenta. Ela nos dá o diagnóstico e nos diz a maneira como o problema se apresenta, possibilitando uma intervenção preventiva,” ressaltou o secretário.
Entre as funcionalidades, a plataforma também fornece dados de diversas linhas de cuidado, subsidiando análise concretas. No Município, os principais eixos a serem trabalhados na saúde preventiva serão: crianças, idosos, gestantes, pessoas com diabetes, pessoas com hipertensão, pessoas com risco cardiovascular e mulheres, propiciando o direcionamento de ações mais assertivas para a jornada do paciente.
Além disso, a tecnologia também apresenta diversos recursos, pensados para a necessidade do Município, como: análise de riscos, acompanhamento de metas, financeiro, análises contextuais, painéis indicadores, monitoramento em saúde, entre outros.
Para o CEO da Radar Saúde, Udo Hawerroth, todas as informações que são compartilhadas com o Ministério da Saúde estarão em tempo real no novo mecanismo. “Esta é uma plataforma consultiva, inovadora e centralizadora, no qual ela integra dados do prontuário eletrônico, agregando valor e tornando uma base fidedigna e que permite que o Município tenha acesso a pessoas que mais têm necessidade de atendimento em saúde. Com a implantação, será possível identificar desde crianças que necessitam atualizar vacinas à dados que mostram pessoas que possuem riscos de diabetes, problemas cardiovasculares, hipertensos, entre outros”, complementa o CEO.
A Atenção Primária à Saúde é composta por uma rede de 130 postos de saúde, distribuídos em seis Regionais de Saúde, quatro Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), quatro policlínicas, seis postos de saúde itinerantes do Programa Vem Saúde e 24 equipamentos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), sendo 16 Centros de Atenção Psicossocial (seis gerais, três infantis e sete álcool e outras drogas), cinco unidades de acolhimento e três residências terapêuticas.
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