

06 de outubro de 2025 — A Usina Hidrelétrica de Itaipu, localizada na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, concluiu a primeira fase do projeto-piloto da “ilha solar flutuante”, iniciativa que promete fortalecer a produção de energia limpa e sustentável no país. A estrutura, composta por 1.568 painéis fotovoltaicos, foi ancorada no reservatório do Rio Paraná, que abastece as turbinas da hidrelétrica.
Com uma área total de 7,6 mil metros quadrados, equivalente a quase um campo de futebol, a ilha solar teve sua montagem finalizada em 26 de setembro. Nas próximas semanas, técnicos da Itaipu devem concluir a instalação dos últimos equipamentos, a conexão dos cabos de energia e comunicação, além de iniciar os testes “frios” (sem geração) e “quentes” (com energização).
A expectativa é que o sistema entre em operação em novembro, com capacidade de geração de 1 megawatt-pico (MWp) — energia suficiente para abastecer cerca de 650 residências. Toda a energia será destinada ao consumo interno da própria usina.
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De acordo com o engenheiro Márcio Massakiti Kubo, da Superintendência de Energias Renováveis, o cronograma passou por ajustes devido às chuvas e às condições de segurança na área próxima ao vertedouro. O investimento total é de US$ 854,5 mil, o equivalente a cerca de R$ 4,5 milhões, financiados pelo consórcio binacional formado pelas empresas Sunlution (Brasil) e Luxacril (Paraguai), vencedoras da licitação.
Após o início da operação, a Itaipu realizará um período de um ano de avaliação técnica e ambiental para medir o desempenho da ilha solar e identificar possíveis impactos sobre o ecossistema local. A usina informou que não foram detectados impactos significativos em estudos prévios, o que reforça a viabilidade do projeto.
Os monitoramentos vão incluir análises sobre a biodiversidade aquática e aérea, qualidade da água e eventuais mudanças no habitat de aves e peixes.
Projeções da Itaipu indicam que, se 1% da área do reservatório for coberta com placas solares, será possível gerar 3,6 TWh por ano, o equivalente a 4% da produção anual da hidrelétrica em 2023.
O superintendente Rogério Meneghetti avalia que, caso a cobertura alcance 10% do reservatório, Itaipu poderia dobrar sua capacidade atual, chegando a 14 mil MW, tornando-se também uma usina solar de grande porte.
Entretanto, ele ressalta que nem todas as áreas podem ser utilizadas, já que regiões de navegação e reprodução de peixes devem ser preservadas.
Responsável por cerca de 9% da energia elétrica consumida no Brasil, a Itaipu Binacional atingiu em 5 de setembro a marca histórica de 3,1 bilhões de MWh produzidos desde o início da operação em 1984 — o suficiente para abastecer o mundo inteiro por 44 dias ou o Brasil por seis anos e um mês.
Além do projeto solar, Itaipu investe em hidrogênio verde, biogás e biocombustíveis, reforçando seu papel de liderança em inovação e sustentabilidade energética na América do Sul.
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