

Não é bem assim! Senador Tasso Jereissati declara: "Ainda não existe definição sobre futura aliança na sucessão estadual, e que tem a esperança de evitar o conflito e a abertura do diálogo" | Foto: reprodução
Um dia após reunião convocada pelo ex-governador do Ceará, Camilo Santana, para anunciar o rompimento com o PDT, lideranças do PSDB reagiram mal à participação do presidente estadual do PSDB, Chiquinho Feitosa, no encontro.
O ex-senador Luiz Pontes, integrante do diretório do partido, emitiu nota pública informando que, apesar do presidente do PSDB Chiquinho Feitosa ter autoridade e estar legitimado para dialogar com todas as representações políticas em busca de um projeto melhor para o Ceará, qualquer decisão a ser tomada, torna-se imprescindível ouvir as instâncias do próprio partido. Como um dos fundadores do PSDB no Ceará, Luiz Pontes disse entender que as diferenças do PSDB com o PT são históricas e profundas.
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Disse o ex-senador: “É do conhecimento de todos que o PT foi contra todos os grandes projetos estruturantes criados pelo PSDB no nosso Estado, como Castanhão, Caminho das Águas, interiorização das indústrias e Porto do Pecém. Os petistas também votaram, de forma sistemática, contra os interesses do Brasil e dos brasileiros. Além de ficar contra o Plano Real, que garantiu a estabilização econômica do país, o PT prosseguiu se posicionando contra a universalização do ensino fundamental, as privatizações e a democratização das telecomunicações, as reformas administrativa e da Previdência e a Lei de Responsabilidade Fiscal.”
Diante desse relato, Luiz Pontes disse que considera improvável qualquer tentativa de apoio à uma candidatura liderada pelo PT no Ceará. “Não consigo imaginar a possibilidade real de o PSDB sentar à mesa com o deputado José Guimarães para capitanear uma candidatura a governador e discutir projetos em comum de interesse do povo cearense. Do mesmo modo, considero inapropriado declarações do ex-governador Camilo Santana e do deputado Acrísio Sena, incluindo o PSDB no rol de siglas aliadas ao seu projeto de oposição. O PSDB vai buscar o que é melhor para o Ceará como sempre fez. Foi assim quando decidiu apoiar, em primeira hora, a candidatura de José Sarto à Prefeitura da Capital por entender que ele representava o melhor projeto para a nossa cidade”.
A nota prossegue falando sobre a questão atual do impasse vivido no arco de aliança governista entre a governadora Izolda Cela e Roberto Claudio. Segundo Luiz Pontes, a questão diz respeito ao PDT, e foi decidida na mais plena democracia interna do partido, onde o pré-candidato Roberto Claudio alcançou maioria absoluta entre os membros do diretório estadual. Confira íntegra abaixo:
O senador Tasso Jeireissati também se posicionou. Pelo Twitter disse entender que é importante construir uma candidatura em torno de um projeto para o Ceará, que reúna desenvolvimento e combate à pobreza. Neste sentido, ele informa que persiste na busca desse consenso de forma isenta. E declarou: “Ainda não existe definição sobre futura aliança na sucessão estadual, e que tem a esperança de evitar o conflito e a abertura do diálogo”.
Disse ainda Tasso Jeireissati: “Tenho conversado na busca do entedimento, sem tomar partido por nenhum dos lados. Meu esforço é no sentido de encontramos uma candidatura única, que represente um projeto para o Ceará”, concluiu.

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Leia a nota na íntegra do assinada pelo ex-senador do PSDB, Luiz Pontes:
Chiquinho Feitosa, como presidente do PSDB, tem autoridade e está legitimado para dialogar com todas as representações políticas em busca de um projeto melhor para o Ceará. No entanto, qualquer decisao a ser tomada, torna-se imprescindível ouvir as instâncias do partido. Como um dos fundadores do PSDB no Ceará, entendo que nossas diferenças com o PT são históricas e profundas. É do conhecimento de todos que o PT foi contra todos os grandes projetos estruturantes criados pelo PSDB no nosso Estado, como Castanhão, Caminho das Águas, interiorização das indústrias e Porto do Pecém. Os petistas também votaram, de forma sistemática, contra os interesses do Brasil e dos brasileiros. Além de ficar contra o Plano Real, que garantiu a estabilização econômica do país, o PT prosseguiu se posicionando contra a universalização do ensino fundamental, as privatizações e a democratização das telecomunicações, as reformas administrativa e da Previdência e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Diante disso, considero improvável qualquer tentativa de apoio à uma candidatura liderada pelo PT no Ceará. Não consigo imaginar a possibilidade real de o PSDB sentar à mesa com o deputado José Guimarães para capitanear uma candidatura a governador e discutir projetos em comum de interesse do povo cearense. Do mesmo modo, considero inapropriado declarações do ex-governador Camilo Santana e do deputado Acrísio Sena, incluindo o PSDB no rol de siglas aliadas ao seu projeto de oposição. O PSDB vai buscar o que é melhor para o Ceará como sempre fez. Foi assim quando decidiu apoiar, em primeira hora, a candidatura de José Sarto à Prefeitura da Capital por entender que ele representava o melhor projeto para a nossa cidade.
Na questão atual do impasse vivido no arco de aliança governista entre a governadora Izolda Cela e Roberto Claudio, isso diz respeito ao PDT, foi decidido na mais plena democracia interna do partido, onde o pré-candidato Roberto Claudio alcançou maioria absoluta entre os membros do diretório estadual. Cabe a nós respeitar a decisão e prosseguirmos focados em tomar nossas próprias decisões, de acordo com nossos objetivos e do que entendemos ser o melhor para o Ceará. Mas são medidas a serem tomadas de forma consensual e amadurecida. No momento certo, o senador Tasso Jereissati ira ouvir o partido como fez na eleição de 2020 e em outros momentos estratégicos recentes.
Luiz Pontes
Ex-Senador da República
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