O Banco do Nordeste (BNB) terá à disposição um total de R$ 21,5 bilhões para operar durante o Plano Safra 2024/2025. O valor está R$ 1,5 bilhão maior do que o disponibilizado no período anterior, incremento previsto para atender a agricultura familiar. O anúncio foi feito nessa quarta-feira (4), pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília (DF), e pelo presidente do BNB, Paulo Câmara.
A agricultura familiar ficará com R$ 10 bilhões para aplicação entre julho deste ano e junho de 2025. Crescimento de 17% sobre o exercício anterior. Já a agricultura empresarial terá R$ 11,5 bilhões, mantendo o patamar de investimentos feitos pelo Banco do Nordeste nos grandes projetos.
Segundo o presidente Lula, a oferta de crédito e o programa de compra de alimentos pelo Governo Federal servem tanto para produzir alimentos para a população como também evitar a inflação. “O que nós precisamos é incentivar as pessoas a plantarem o máximo possível e garantir que, na hora da colheita, a gente não vai deixar eles terem prejuízo porque plantaram demais. O governo tem que garantir um pagamento correto. Se a gente produzir mais leite, queijo, tomate, pepino, chuchu, não vai ter inflação de alimentos”, afirma.
O Banco do Nordeste (BNB) participa do Plano Safra atendendo a produtores rurais e agricultores familiares de todos os portes que atuam na região Nordeste e parte dos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais, ofertando crédito para investimento, custeio e comercialização.
“Respondemos pelo financiamento de 95% da agricultura familiar da Região Nordeste. São os produtores que colocam comida na mesa da população e que giram a economia, sobretudo fora dos grandes centros urbanos. Além disso, estamos presentes em todos os polos de desenvolvimento do agronegócio”, destacou Paulo Câmara.
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As contratações do Plano Safra do ciclo 2023/2024, encerrado agora em junho, somaram mais de R$ 20 bilhões, o que representa um crescimento de 18% em relação ao contratado em todo ano safra anterior. Os valores correspondem a aplicações na agricultura familiar e na agricultura empresarial.
Somente para agricultura familiar 2023/2024, o Banco aplicou mais de R$ 9,4 bilhões, 86% a mais do que o registrado no ciclo anterior, crédito pulverizado em mais de 718 mil operações de crédito.
Entre as iniciativas do Banco do Nordeste para a expressiva ampliação dos resultados frente ao ciclo 2022/2023 estão a expansão do atendimento do Agroamigo Mais, programa de microfinança rural do BNB, que fez crescer o número de agentes de crédito de 900 para 1,3 mil, em menos de um ano. Atualmente o programa atua com microcrédito rural em todos os 2.074 municípios da área de atuação da instituição.
“Em relação à agricultura familiar, é importante destacar que o Banco do Nordeste fechou o Plano Safra com recorde de um aumento de quase 100% em relação ao Plano Safra anterior. Em relação ao agronegócio tivemos também um crescimento expressivo da ordem de 15%. E esse ano estamos disponibilizando inicialmente algo em torno de R$ 21 bilhões para atender o agronegócio e a agricultura familiar por entender que são atividades importantes que podem continuar desenvolvendo nossa região, além de atender a orientação do Governo Federal para que tenhamos nossa sustentabilidade alimentar”, afirma Luiz Sérgio Machado, superintendente de Agronegócio e Agricultura Familiar do BNB.
A atuação do Banco do Nordeste contribuiu para o alcance de um marco histórico: pela primeira vez o Nordeste superou o Sudeste em contratações no âmbito da agricultura familiar. No total, os produtores nordestinos receberam R$ 10,4 bilhões, alta de 62,5% frente ao exercício anterior, Os dados são do Banco Central e consideram todas as instituições financeiras que atuam no segmento.
As aplicações do Banco do Nordeste no Plano Safra se refletem em geração de emprego, renda e arrecadação tributária para o Brasil. Conforme estudo do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), os R$ 20 bilhões investidos no exercício 2023/2024, tanto para agricultura empresarial quanto para familiar, contribuíram para geração ou manutenção de 1,5 milhão de empregos, aumento de R$ 6,3 bilhões na massa salarial, incremento de R$ 2,7 bilhões na arrecadação tributária, de R$ 39,9 bilhões no valor bruto da produção e de R$ 23,3 bilhões no valor adicionado à economia.
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