

O X-59, avião experimental da NASA, aparece na pista em Palmdale (EUA) ao nascer do sol, logo após receber a pintura final | Foto: NASA/Steve Freeman
02 de outubro de 2025 – Duas décadas após o fim do Concorde, a NASA aposta em uma nova era da aviação supersônica com o X-59 QueSST, avião experimental desenvolvido em parceria com a Lockheed Martin. Diferente do lendário jato comercial franco-britânico, o X-59 não transportará passageiros, mas será usado para pesquisas que podem mudar a regulamentação mundial dos voos acima da velocidade do som.
O principal objetivo da missão é eliminar o estrondo sônico que, no passado, levou à proibição de voos supersônicos sobre áreas povoadas. O novo modelo foi projetado para transformar o “boom” em um leve baque sonoro, semelhante ao fechamento de uma porta de carro, conceito batizado pela agência como “sussurro supersônico”.
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O programa do X-59 está estruturado em três etapas:
A expectativa é que os resultados sejam usados por autoridades de aviação civil, como a FAA, nos EUA, para estabelecer novos padrões regulatórios baseados no ruído e não apenas na velocidade.
Se a missão Quesst for bem-sucedida, poderá abrir caminho para uma nova geração de jatos comerciais mais silenciosos. Empresas como Boom Supersonic e Spike Aerospace já desenvolvem modelos que dependem diretamente da flexibilização das regras atuais para se tornarem viáveis.
Por outro lado, especialistas alertam para desafios ambientais: aeronaves supersônicas podem consumir até nove vezes mais combustível que aviões convencionais e gerar maiores impactos climáticos. A NASA afirma que pesquisa combustíveis sustentáveis para reduzir os efeitos no meio ambiente.
Assim, o X-59 não promete repetir a experiência luxuosa do Concorde, mas busca oferecer dados científicos para responder a uma pergunta-chave da aviação: será possível voar supersônico sobre cidades sem incomodar quem está no chão?
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Tags: X-59, NASA, avião supersônico, Quesst, Concorde, Lockheed Martin, aviação, tecnologia, barulho supersônico, Armstrong Flight Research Center, Base Aérea Edwards, Boom Supersonic, Spike Aerospace, voos experimentais, aviação silenciosa