

Travessia do USS Gerald R. Ford pelo Estreito de Gibraltar no início de outubro, junto de navios espanhóis e marroquinos | Foto: Facebook/USS Gerald R. Ford - CVN 78
15 de novembro de 2025 — A Marinha dos Estados Unidos divulgou novas imagens do USS Gerald R. Ford, considerado o porta-aviões mais poderoso do mundo, navegando no mar do Caribe ao lado dos destróieres USS Winston Churchill, USS Mahan e USS Bainbridge. A embarcação integra a operação militar “Lança do Sul”, que amplia o temor de uma ofensiva direta dos EUA contra a Venezuela, governada por Nicolás Maduro.
As imagens mostram aeronaves de ataque e um bombardeiro B-52 Stratofortress sobrevoando o grupo de ataque. Analistas militares avaliam que o movimento reforça a escalada estratégica ordenada pelo presidente Donald Trump para conter o que chama de “narcoterrorismo” na América Latina.
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O USS Gerald R. Ford chegou à região na terça-feira (11), em meio à deterioração das relações entre Washington e Caracas. A operação foi confirmada pelo secretário de Guerra, Pete Hegseth, que classificou a ação como uma resposta direta a ameaças de cartéis do narcotráfico supostamente vinculados ao governo Maduro.
Fontes consultadas pela imprensa norte-americana afirmam que o alto comando militar apresentou a Trump uma série de opções, incluindo ataques a instalações militares venezuelanas. Embora nenhuma decisão definitiva tenha sido anunciada, a presença do Gerald Ford foi interpretada como um sinal claro de preparação para eventuais ações.
A publicação das fotos logo no início da operação chamou atenção de especialistas. Diferente de outras ações militares de alta sensibilidade, os Estados Unidos exibiram de imediato imagens do porta-aviões em formação, algo que vem sendo interpretado como aviso estratégico direcionado tanto ao governo venezuelano quanto à comunidade internacional.
Relatos indicam que aeronaves C-2A Greyhound, pertencentes ao grupo aéreo do Gerald Ford, foram vistas pousando em Porto Rico, o que sugere que a frota está posicionada em área estratégica do Caribe.
Desde agosto, Trump intensificou o cerco diplomático e militar contra Maduro, dobrando o valor da recompensa por sua captura, agora estipulada em US$ 50 milhões. O governo norte-americano também enviou caças F-35, helicópteros de operações especiais e bombardeiros para a região.
Enquanto Trump afirma que os cartéis vinculados à Venezuela “estão matando famílias americanas”, o presidente Nicolás Maduro acusa os EUA de “inventarem uma guerra” para justificar uma intervenção internacional.
Nos bastidores, reportagens do Wall Street Journal indicam que autoridades norte-americanas chegaram a mapear possíveis alvos em território venezuelano para um ataque aéreo, aumentando a tensão e a insegurança regional.
A presença de um grupo de ataque com até 90 aeronaves representa uma das maiores operações militares dos EUA no Caribe desde o final da Guerra Fria. Especialistas alertam que qualquer ação ofensiva pode desencadear uma crise internacional com impacto direto na geopolítica latino-americana e no comércio global de petróleo.
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