

EUA bombardeiam 2º barco no Oceano Pacífico | Foto: Departamento de Guerra
23 de outubro de 2025 — Os Estados Unidos bombardearam um segundo barco no Oceano Pacífico em menos de 48 horas, segundo informou o Departamento de Guerra norte-americano. O ataque, realizado nesta quarta-feira (22), deixou três mortos e teria como alvo uma embarcação envolvida no transporte de drogas. A operação foi autorizada pelo presidente Donald Trump e realizada em águas internacionais.
De acordo com o secretário de Guerra, Pete Hegseth, a embarcação fazia parte de uma rota conhecida de narcotráfico internacional. “Nossa inteligência sabia que a embarcação estava envolvida em contrabando ilícito de narcóticos, que estava transitando por uma rota conhecida de narcotráfico e que transportava narcóticos”, afirmou o secretário em publicação nas redes sociais.
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O novo bombardeio ocorre um dia após outro barco ser destruído por forças americanas perto da Colômbia, também em águas internacionais, resultando na morte de duas pessoas. A ofensiva reforça a escalada militar dos Estados Unidos na região do Caribe e Pacífico, onde o país tem ampliado sua presença com destróieres equipados com mísseis guiados, caças F-35, submarinos nucleares e mais de 6,5 mil militares.
Trump afirmou a jornalistas que os ataques fazem parte de uma estratégia para combater o tráfico internacional de drogas, que, segundo ele, já causou mais de 300 mil mortes nos EUA. “Vamos atingi-los muito forte quando vierem por terra. E provavelmente iremos ao Congresso explicar exatamente o que estamos fazendo”, disse o presidente.
As recentes ações dos Estados Unidos vêm sendo duramente criticadas por organismos internacionais. Um grupo independente de especialistas da ONU declarou nesta terça-feira (21) que os bombardeios violam o direito internacional e podem ser classificados como execuções extrajudiciais.
Segundo o comunicado, tais ataques “violam a soberania de outros países e as obrigações internacionais fundamentais dos Estados Unidos de não intervir em assuntos domésticos nem ameaçar o uso da força contra outra nação”.
O grupo, vinculado ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, destacou ainda que mesmo sob o pretexto de combater o narcotráfico, “o uso de força letal em águas internacionais sem base legal adequada configura violação do direito internacional do mar”.
Os especialistas alertaram para o risco de uma “escalada extremamente perigosa com graves implicações para a paz e a segurança na região do Caribe” e informaram que já solicitaram explicações formais ao governo norte-americano.
As ações refletem uma mudança significativa na política externa dos EUA sob o novo mandato de Trump, que vem adotando medidas de força direta em detrimento da cooperação multilateral.
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