Até o final deste mês, deve estar disponível para a população cinco novos remédios que foram incorporados ao Programa Farmácia Popular do Brasil. A última incorporação ocorreu em 2011. Os remédios atuam, principalmente, no controle de doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão.
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Segundo o Ministério da Saúde, a estimativa é que 2,7 milhões de pessoas sejam beneficiadas com os novos medicamentos incorporados. Quatro serão distribuídos gratuitamente, são eles: Besilato de Anlodipino 5 mg, Succinato de Metoprolol 25 mg, Espironolactona 25 mg e Furosemida 40 mg. Já o Dapagliflozina 10 mg será oferecido na modalidade copagamento.
“Essa é uma medida de grande relevância para a população, principalmente, para as pessoas em situação de vulnerabilidade social, que muitas vezes são obrigadas a interromper o tratamento por não ter condições financeiras de comprar a medicação”, explica Maurício Filizola, diretor da Confederação Nacional do Comércio e Presidente da Rede de Farmácias Santa Branca.
Importante lembrar que na proposta para o orçamento de 2023, o Governo Federal cortou 59% do orçamento do programa Farmácia Popular, recebendo duras críticas. Para este ano, o orçamento para a Farmácia Popular é superior a R$ 2 bilhões. A proposta do governo para 2023 é de R$ 842 milhões, uma redução de R$ 1,2 bilhão. “Desde 2014, já não podem ser cadastradas novas farmácias no programa. A sinalização do governo com esse corte pode inviabilizar o tratamento da população. A nossa preocupação é grande e estamos trabalhando para reverter essa situação. Não é uma tarefa fácil, mas acredito que haverá uma sensibilidade do governo federal para que isso não ocorra”, comenta Maurício Filizola.
O programa Farmácia Popular é um dos principais programas para distribuição de medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e atende mais de 20 milhões de brasileiros. Atualmente, o programa conta com mais de 30 mil farmácias credenciadas, distribuídas em 4.397 municípios.
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