

Padilha ressaltou que a cooperação internacional seguirá fortalecida e que as limitações impostas pelo governo norte-americano apenas atrasam, mas não impedem os acordos | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
28 de setembro de 2025 – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou neste sábado (27) que as restrições impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à sua participação em reuniões da ONU não irão impedir o Brasil de firmar novas parcerias na área da saúde.
Durante visita ao Hospital Federal do Andaraí, no Rio de Janeiro, Padilha ressaltou que a cooperação internacional seguirá fortalecida e que as limitações impostas pelo governo norte-americano apenas atrasam, mas não impedem os acordos.
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Padilha destacou que, embora sua presença em reuniões em Washington tenha sido inviabilizada, os encontros serão realizados em outros países ou no próprio Brasil. Ele lembrou que sua esposa e filha tiveram vistos cancelados, e ele próprio teve a circulação restrita nos EUA durante a 80ª Assembleia Geral da ONU.
“Eles até podem restringir a circulação de um ministro, mas não podem restringir a ideia. O Brasil seguirá trazendo investimentos e parcerias internacionais”, afirmou.
O ministro também comentou sobre as tarifas impostas pelo governo norte-americano, que atingem especialmente a indústria exportadora brasileira na área de equipamentos médicos e insumos de saúde bucal. Segundo ele, medidas já estão sendo tomadas em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, além do BNDES, para proteger empregos e buscar novos mercados.
Padilha destacou que as restrições impulsionaram ainda mais a busca por acordos estratégicos, como a produção nacional de insulina e o desenvolvimento de vacinas em parceria com empresas americanas.
Entre os avanços, o ministro anunciou a produção da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), uma das principais causas de infecções graves em bebês, que estará disponível no SUS a partir de novembro.
Durante a agenda, Padilha apresentou o Implanon, implante contraceptivo que será distribuído gratuitamente pelo SUS. Até o fim de 2025, serão ofertadas 500 mil unidades, chegando a 1,8 milhão até 2026. A medida busca reduzir os índices de gravidez na adolescência no Brasil.
No Rio, Padilha visitou hospitais federais e estaduais, incluindo o Hospital Federal do Andaraí, onde foi reaberto o Centro de Tratamento de Queimados e outros setores fechados há mais de dez anos. A reestruturação faz parte de um plano que prevê R$ 600 milhões em investimentos e conclusão das principais obras até o primeiro trimestre de 2026.
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Tags: Alexandre Padilha, Ministério da Saúde, Donald Trump, restrições diplomáticas, ONU, OPAS, tarifaço, indústria da saúde, insulina, vacina bronquiolite, SUS, gravidez na adolescência, Implanon, hospitais federais, saúde pública Brasil