Desde o início da vacinação contra covid-19 no Município, em janeiro de 2021, até o presente momento, a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), não mediu esforços para ofertar à população as vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer baby, Pfizer pediátrica, Janssen e Bivalente.
No total, quase três anos depois, a Capital recebeu cerca de 8 milhões de vacinas, ofertadas pelo Ministério da Saúde (MS), pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Todas as marcas aprovadas passam por um rígido processo de avaliação de qualidade pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fundação Oswaldo Cruz, instituição responsável pela análise de qualidade dos imunobiológicos adquiridos e distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A vacina Pfizer Bivalente, último imunobiológico liberado pela Anvisa para reforçar a imunidade da população e que garante maior proteção contra a variante Ômicron, vem registrando baixa procura na capital cearense. Inicialmente, idosos, grávidas, puérperas, profissionais da saúde, pessoas com deficiência, entre outros, foram o público prioritário. Atualmente, a vacina está liberada para a população em geral a partir de 18 anos, imunossuprimidos de 12 anos a 17 anos, 11 meses, 29 dias e pessoas com comorbidades a partir de 12 anos, somando 371.415 pessoas imunizadas.
“Se considerarmos o número total de pessoas que completaram o esquema primário da vacinação contra covid-19 em Fortaleza, ainda precisamos imunizar cerca de 2 milhões de pessoas”, afirma a coordenadora de Imunização de Fortaleza, Vanessa Soldatelli. Ela lembra que a bivalente só pode ser aplicada em quem já completou, há pelo menos quatro meses, o esquema primário (duas doses) com os imunizantes monovalentes.
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Ao todo, em Fortaleza (até 20 de julho), 2.489.372 pessoas receberam a primeira dose; 2.366.992 receberam a segunda dose; 1.643.555, a terceira dose; e 760.929 receberam a quarta dose, totalizando 7.623.455 doses aplicadas. O Ministério da Saúde (MS) recomenda que as vacinas contra a covid-19 podem ser administradas simultaneamente com os imunizantes do calendário vacinal ou em qualquer intervalo na faixa etária de seis meses de idade ou mais.
Atualmente, para garantir a proteção, os imunizantes estão sendo aplicados nos postos de saúde da Capital, das 7h30 às 18h30, com as vacinas disponíveis em estoque, seguindo o público destinado, a faixa etária e o esquema vacinal de cada imunobiológico.
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Vale ressaltar que ambas as vacinas – monovalentes e bivalentes – agem do mesmo modo no organismo, estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos protetores e células de defesa contra o vírus.
“Quando infectada pelo vírus, a pessoa vacinada conseguirá combatê-lo rapidamente, pois já tem imunidade contra ele e assim evoluirá de modo assintomático ou com doença leve (maioria dos casos)”, explica Vanessa Soldatelli. O que difere a vacina monovalente da vacina bivalente é a capacidade das bivalentes de estimularem uma resposta imune mais efetiva contra a variante Ômicron, garantindo maior proteção contra a infecção. Além disso, as vacinas contra covid-19 tiveram grande impacto na redução da mortalidade da doença, tendo evitado óbitos e internações desde a sua introdução.
Dentre as ações realizadas pela Prefeitura para ampliar a cobertura vacinal está a constante capacitação das equipes de saúde. Assim, a SMS realizará, até 10 de agosto, um treinamento sobre conservação de vacinas e calendário vacinal para agentes comunitários de saúde (ACS) do Município.
Ao todo, 1.713 agentes estão sendo atualizados sobre abordagens pertinentes ao tema, como os procedimentos de manipulação e conservação de vacinas nas campanhas antirrábicas, a importância da busca ativa e estratégias para realizá-la, sobre o calendário vacinal, quais os tipos de vacinas e como conservá-las de maneira adequada (noções básicas sobre Rede de Frio), a importância da vacinação e imunidade de rebanho.
Além disso, em relação à vacinação contra a covid-19, temas como combate a fake news e hesitação vacinal também são abordados.
O acompanhamento dos cartões de vacina é uma das principais atribuições da atuação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), verificando periodicamente como está à atualização da caderneta, desenvolvendo ações de promoção à saúde e prevenção de doenças e agravos, pois eles têm o acesso necessário para conhecer as condições em que vivem as famílias e apreender aspectos do cotidiano das suas relações, aspectos esses que geralmente escapam às entrevistas no espaço institucional.
Além disto, são responsáveis por divulgar campanhas de vacina para o maior número de pessoas, propagando informação nos lugares mais frequentados da comunidade, estimular a reflexão sobre os benefícios da vacinação para a saúde, desmistificando mitos e preconceitos acerca do tema, acompanhar o usuário em esquema vacinal e orientá-lo quanto à importância de concluir todas as doses prescritas.
De acordo com a assessora técnica da SMS, Emanuella Carneiro, treinamento específico para ACSs é primordial para o estímulo à vacinação. “O monitoramento da vacinação, principalmente das crianças, sempre fez parte do processo de trabalho dos agentes, e especialmente neste momento, em que as metas de vacinação em todo o País estão aquém do esperado. Falar sobre a importância da vacinação, as formas de registros, a busca ativa de faltosos, as orientações para incentivar a busca das vacinas pela população, entre tantas outras informações relevantes sobre imunização, é fundamental para o nosso município, já que os ACS são os profissionais que fazem o elo entre a comunidade e os postos de saúde”, enfatiza.
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