A Prefeitura de Fortaleza ampliou a oferta de radioterapia aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio do novo convênio firmado com Hospital São Camilo. Com a habilitação da instituição, o Município garantiu 600 novos tratamentos radioterápicos por ano. Com os esforços já aplicados, a Rede Municipal de Saúde ultrapassa o número de 7,5 mil tratamentos radioterápicos anuais.
A partir desta iniciativa, será garantido um acréscimo anual de R$ 2,6 milhões para o tratamento oncológico. Somando o novo aporte financeiro ao valor já aplicado pela Prefeitura no recurso terapêutico, o montante ultrapassa R$ 31,4 milhões por ano.
O objetivo é atender, em tempo hábil, todos os pacientes, incluindo os que vêm do Interior e buscam a capital cearense para iniciar seu tratamento oncológico, como a radioterapia, uma das principais demandas dessa enfermidade.
Além da ampliação dos procedimentos ofertados com o novo convênio firmado, a Prefeitura também expande o parque tecnológico disponibilizado para tratamento do câncer, chegando a 11 máquinas de radioterapia.
O superintendente corporativo do Hospital São Camilo, Antônio Mendes, reforça a importância desta parceria. “A ampliação do serviço é de grande valia para essas pessoas que estão passando por um momento tão doloroso em suas vidas e precisam de tratamento, proporcionando mais qualidade de vida a elas e a suas famílias, trazendo esperança com o tratamento. Agradeço muito a equipe da Secretaria Municipal de Saúde por este convênio.”
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Serão ofertados 7.530 tratamentos radioterápicos por ano na Capital, sendo 600 na nova unidade habilitada, 3.504 no Centro Regional Integrado de Oncologia (Crio) e 3.426 no Instituto do Câncer do Ceará (ICC).
Com o acréscimo dessas vagas, Fortaleza garante a oferta de aproximadamente 80% dos atendimentos de radioterapia para os cearenses, beneficiando, além dos pacientes de Fortaleza, os oriundos do interior do estado.
Nos primeiros sete meses de 2024, a Prefeitura custeou a realização de 2.576 sessões de radioterapia, 55.528 de quimioterapia e 2.429 cirurgias oncológicas. Em 2023, foram 5.693 sessões de radioterapia, 115.160 de quimioterapia e 6.513 cirurgias oncológicas.
Financeiramente, Fortaleza tem a garantia de R$ 123,8 milhões anuais, advindos de valores antigos e de recente aporte do Ministério da Saúde (MS). Porém, a oncologia demanda R$ 134,9 milhões anuais. Desta forma, o Município arca com cerca de R$ 11 milhões, oriundos dos recursos para aplicação no SUS.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de 6.550 novos casos de câncer ao longo de 2024 em Fortaleza, além dos casos de câncer de pele não-melanoma. Destes, cerca de 50% irão necessitar de radioterapia.
Assim, para suprir a necessidade dos pacientes de Fortaleza em 2024, seriam necessários 3.275 tratamentos radioterápicos em média por ano – e a Prefeitura custeia 7.530.
No que se refere ao parque tecnológico, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um aparelho de radioterapia para cada 600 mil habitantes. Assim, seriam suficientes quatro máquinas para cobrir toda a população da capital, de 2,4 milhões de habitantes – e a Prefeitura dispõe de 11 em toda a rede.
Atualmente, dos nove estabelecimentos habilitados para tratamentos oncológicos no Ceará, sete estão localizados em Fortaleza e dois fora da Capital. Assim, da demanda atendida na Capital, entre 50% a 60% vem do interior do Estado.
Pacientes com alterações clínicas ou de imagem, indicativos de suspeita de câncer, devem procurar o posto de saúde mais próximo de sua residência. Eles serão avaliados e encaminhados para a rede especializada em oncologia por meio de consulta de triagem, onde será definido o diagnóstico e plano de tratamento para cada caso. Os pacientes do interior têm acesso regulado, mediante oferta de vagas diretamente da Central Municipal de Fortaleza para a Central Estadual.
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