A Prefeitura de Fortaleza inaugurou, nesta segunda-feira (07/11), a nova sede do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Infantil Estudante Nogueira Jucá, no bairro Rodolfo Teófilo. Com objetivo de aperfeiçoar os serviços ofertados, o espaço agora possui 470 m², quase o dobro do antigo, proporcionando mais conforto e ampliação da capacidade de acolhimento dos usuários.
“Esta nova unidade surge para atender a crescente demanda na área de saúde mental, sobretudo após a pandemia. Casos de ansiedade, depressão, burnout aumentaram muito nesse período. Por isso, a saúde mental tem que ser vista de forma muito especial pelo poder público, e a requalificação desse Caps faz parte desse processo. Estamos estudando ampliar a rede de apoio e, em breve, também teremos um novo Caps infantil na Regional 5”, informou o prefeito de Fortaleza, José Sarto.
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O novo equipamento conta com equipe de saúde multiprofissional, composta por 25 profissionais de diversas especialidades, como médico clínico e psiquiatra, psicólogo, enfermeiro, terapeuta ocupacional, farmacêutico, assistente social, entre outros, que auxiliam o acompanhamento dos usuários.
A unidade também ampliou o número de salas para atendimentos e atividades, passando de 8 para 12. O Caps conta, ainda, com amplo espaço de convivência, farmácia, Núcleo de Atendimento ao Cliente (NAC) e refeitório. O atendimento no local ocorre de 7h às 17h, de segunda a sexta-feira.
Como destacou Ana Estela Leite, titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) de Fortaleza conta com 23 equipamentos, sendo 15 Centros de Atenção Psicossocial (seis gerais, dois infantis e sete álcool e outras drogas), cinco unidades de acolhimento para dependentes químicos e três residências terapêuticas.
“A demanda por saúde mental é crescente no mundo inteiro, por isso precisamos de uma intervenção cada vez mais precoce para auxiliar as crianças a atingirem o máximo da sua capacidade de desenvolvimento. A entrega desse Caps é extremamente importante para a nossa cidade e atende a uma demanda antiga dos usuários, dos profissionais e das crianças. Fortaleza conta hoje com dois Caps infantis, mas são, ao todo, 23 equipamentos de assistência à saúde mental espalhados pela cidade ”, afirmou a secretária.
O serviço é porta aberta, no qual o usuário pode procurar diretamente ou ser encaminhado por um dos 116 postos de saúde da Capital. Nos CAPS é feita uma avaliação inicial e, de acordo com a necessidade do usuário, é feito o encaminhamento aos serviços de cada unidade.
Valdênia Soares, mãe do Ezequiel de três anos, já é usuária do Caps a seis meses e celebrou a nova unidade entregue. ”Ficou lindo, com muito espaço para as crianças. O outro prédio era muito pequeno e apertado para as crianças. Agora está muito melhor”, comentou.
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A nova estrutura do Caps recebeu pinturas lúdicas nos muros e no chão para incentivar a leitura, a brincadeira e a música, com a 16ª intervenção do Pé de Infância, programa executado pela Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci) com parceira da rede Urban 95 e da fundação holandesa Bernard Van Leer. Além de 12 praças espalhadas pela cidade, a iniciativa já chegou a equipamentos públicos que atendem crianças, como o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Infantil Maria Ileuda Verçosa, na Cidade dos Funcionários, a UAPS Pedro Sampaio, no Conjunto Palmeiras, e a Casa da Infância e da Adolescência, que reúne diversos projetos da Funci.
De acordo com a vice-presidente da Funci e coordenadora do projeto, Márcia Dias, além de promover o desenvolvimento infantil com o incentivo ao lúdico, o Pé de Infância fortalece as relações de afeto dessas crianças com os espaços públicos. “O ambiente lúdico traz alegria às crianças, e isso é uma forma de aliviar um pouco o estresse que elas passam. Com o aumento da demanda por saúde mental advinda pela pandemia, nós vimos que era necessário expandir o projeto. Nós já realizamos a ação em praças e em postos de saúde e, agora, este é o segundo Caps infantil em que implantamos o projeto”, afirmou.
Fortaleza possui dois Centro de Atenção Psicossocial Infantil, acolhendo crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos com demandas voltadas para a saúde mental, e de 4 a 15 anos com questões relacionadas ao uso abusivo de álcool e outras drogas. Somente em 2022 (até agosto), as duas unidades realizaram mais de 46 mil atendimentos.
Entre os serviços ofertados estão acolhimento, atendimento clínico e psicológico, apoio individual e coletivo, troca de experiências, dinâmicas e atividades lúdicas.
“Nosso foco é promover os cuidados, reforçando a importância da saúde mental. Acolhemos crianças e adolescentes com demandas psicossocial, preservando os direitos dos indivíduos com os mais variados tipos de transtornos”, afirma Arildo Lima, gerente da Célula de Saúde Mental do Município de Fortaleza.
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