

Cérebro interpreta sinais elétricos filtrados por tecnologia que envolver chip nos olhos | Foto: reprodução/Fantástico
03 de novembro de 2025 — Um microchip do tamanho de um fio de cabelo pode mudar o futuro da oftalmologia mundial. O dispositivo, implantado sob a retina, está devolvendo a visão a pacientes diagnosticados com degeneração macular seca, também conhecida como atrofia geográfica — uma condição que causa perda progressiva da visão central. A pesquisa, ainda em fase experimental, é conduzida em países da Europa e nos Estados Unidos, e já mostra resultados promissores.
A britânica Sheila, moradora de Malmesbury, é uma das 38 pessoas no mundo que receberam o implante. Aos 30 anos, ela havia perdido a capacidade de ler, reconhecer rostos e dirigir. “Tudo que eu via era branco, muito brilho. Foi desesperador”, contou. A esperança surgiu quando conheceu o gerente de ótica David Canton, que organizou uma vaquinha online para custear suas viagens semanais a Londres, onde seria acompanhada pelo oftalmologista Mahi Muqit, líder do estudo na Inglaterra.
Hoje, Sheila faz parte do grupo de 27 pacientes que já apresentaram melhora significativa. Ela voltou a reconhecer rostos, preparar alimentos e até resolver palavras cruzadas. “É uma nova maneira de enxergar. Quando os médicos mostraram as letras, eu li tudo rapidamente. Foi emocionante!”, relatou.
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A cirurgia consiste na inserção de um microchip de dois milímetros, colocado sob a retina. O paciente utiliza um óculos especial com câmera integrada e um controle remoto de bolso, que ajusta o zoom das imagens captadas. Essas imagens passam por algoritmos de inteligência artificial, que as transformam em sinais elétricos enviados ao cérebro por meio das células da retina e do nervo óptico.
“O que estamos vendo é algo sem precedentes. Pacientes que estavam completamente cegos estão recuperando parte da visão funcional”, afirmou o médico Mahi Muqit, responsável pelo procedimento.
Após a cirurgia, os pacientes passam por um período de reabilitação visual, no qual precisam reaprender a enxergar. A maioria já consegue ler até cinco linhas em testes de visão, e alguns chegam a completar toda a tabela de leitura — embora, ao desligar o aparelho, percam imediatamente a capacidade de ver.
Apesar do sucesso clínico, o tratamento ainda não tem previsão de chegada ao Brasil. O estudo segue em andamento em França, Itália, Alemanha, Holanda e Estados Unidos, e é visto por especialistas como um marco na luta contra doenças degenerativas da retina.
A inovação representa esperança para milhões de pessoas que convivem com cegueira irreversível causada por degeneração macular, uma das principais causas de perda de visão no mundo.
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