O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (30/9), o início da Campanha Nacional de Multivacinação. Serão ofertados 18 tipos de vacinas, que protegem crianças e adolescentes de doenças como poliomielite, sarampo, catapora e caxumba. As doses dos imunizantes serão distribuídas em 45 mil postos de vacinação em todos os municípios dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.
A campanha inicia nesta sexta-feira (1º de outubro) e vai até o dia 29. O Ministério da Saúde reforça que os pais e responsáveis assumem um papel muito importante para o sucesso da campanha, que tem com público-alvo crianças e adolescentes até 15 anos. Especialmente no momento em que a procura pelas vacinas nos postos vem diminuindo a cada ano.
De acordo com o secretario de Vigilância em Saúde do ministério, Arnaldo Medeiros, a campanha deste ano é “mais relevante” porque o governo vem identificando, desde 2015, uma “tendência de queda nos índices de vacinação”. Segundo ele, essa queda tem, entre suas causas, o “desconhecimento sobre a importância da vacina, as fake news, os grupos antivacinas e o medo de eventos adversos”. Aponta também como causa os horários de funcionamento das unidades de saúde que, às vezes, são incompatíveis com as novas rotinas da população.
O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire, tem a mesma preocupação em relação à disseminação de notícias falsas contra a imunização, no Brasil. “A campanha publicitária é importante e urgente, porque temos de combater de forma dura as fake news e o movimento antivacina, que vem estimulando a população a não procurar a vacina e, assim, ficar desprotegida”.
O ministro da Saúde substituto, Rodrigo Cruz, reiterou que a pandemia mostrou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), e acrescentou que o sucesso do Sistema tem por base a unicidade que abrange os âmbitos federal, estadual e municipal.
“O Brasil tem cultura de vacinação, e isso tem se mostrados nos números da covid-19, em um patamar de 60% vacinados com as duas doses. Temos agora 30 dias para vacinar nossas crianças com idade de até 15 anos. São vacinas seguras, e a gente incentiva que os pais levem as crianças para que possamos erradicar essas doenças”, disse.
Segundo o ministro, que substitui Marcelo Queiroga, ainda em isolamento após diagnóstico de covid-19, o governo já trabalha com a possibilidade de ampliar o período inicial previsto para a Campanha Nacional de Multivacinação. “Sabemos que haverá mais tempo disponível porque o Brasil é muito grande, e que existem realidades diferentes no país”, antecipou.
Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil – Brasília
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