A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira (24/02), o pastor Tupirani da Hora Lores. O religioso é acusado de promover discursos de ódio contra judeus. Em um culto transmitido pela internet, o pastor Tupirani afirmou que os judeus ‘deveriam ser envergonhados como foram na 2ª Guerra Mundial’
Contra o pastor, havia um mandado de prisão preventiva expedido pela 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A operação Rófesh também cumpriu mandado de busca e apreensão contra o líder religioso, no bairro de Santo Cristo, na região central do Rio.
De acordo com as investigações do Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos (GRCC), da PF, o pastor Tupirani da Hora produziu e publicou diversos vídeos com ataques aos judeus e seguidores de outras religiões.
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Além dos crimes de racismo e ameaça, o pastor responderá por incitação e apologia de crime. Caso seja condenado, poderá cumprir pena de até 26 anos de reclusão. O nome da operação Rófesh, em hebraico, significa liberdade, faz alusão às recentes discussões sobre os limites da liberdade de expressão.
O pastor já tinha sido alvo de busca e apreensão em março do ano passado, por promover discurso de ódio. Segundo a PF, ele também já tinha sido preso anteriormente.
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Em nota, a Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj) parabenizou o trabalho da polícia e disse que a aplicação é fundamental para conter esse tipo de crime.
“É a certeza da aplicação da lei contra o racismo que poderá em um primeiro momento conter esse mal que alicerça o ataque a segmentos historicamente discriminados. Em outra vertente, a educação para que as gerações futuras não mais reproduzam o racismo”, disse a Fierj.
A Confederação Israelita do Brasil também se manifestou a respeito da prisão de Tupirani.
“Quem pratica o crime de racismo não é só aquele que pratica diretamente, é também aquele que incita a prática da discriminação. Ele influencia seus fiéis, influencia seus seguidores na internet a cometerem também essas práticas racistas”, diz a nota.
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