

CPI do Crime é oficialmente instalada no Senado após meses de impasse político | Foto: REUTERS/Mateus Bonomi
04 de novembro de 2025 – O Senado Federal instalou nesta terça-feira (4) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, que irá investigar a atuação de facções criminosas e milícias em todo o território nacional. A criação da CPI havia sido aprovada em junho, mas a instalação foi adiada por falta de consenso entre os blocos partidários sobre os nomes dos integrantes.
A reunião de abertura foi conduzida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), o mais velho entre os membros da comissão. O grupo é formado por 11 titulares e 7 suplentes, e o nome mais cotado para a relatoria é o do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), responsável pela articulação do pedido que deu origem ao colegiado.
>>>SIGA O YOUTUBE DO PORTAL TERRA DA LUZ <<<
A presidência da comissão ainda está em aberto e tem gerado disputa entre parlamentares da oposição e da base aliada do governo. Entre os nomes cotados estão Fabiano Contarato (PT-ES), Jaques Wagner (PT-BA), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS).
Antes da instalação oficial, senadores realizaram reuniões reservadas na tentativa de firmar um acordo sobre o comando da CPI, mas não houve consenso. O Planalto também tenta influenciar a escolha, diante do risco político que o tema representa.
Com duração inicial de 120 dias e orçamento de R$ 30 mil, a CPI terá como foco investigar o modus operandi de facções criminosas e milícias, bem como propor medidas de enfrentamento e políticas públicas de combate à criminalidade organizada. A iniciativa ganhou força após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 100 mortes e reacendeu o debate sobre a segurança pública no país.
Titulares:
Alessandro Vieira (MDB-SE), Marcio Bittar (PL-AC), Marcos do Val (Podemos-ES), Otto Alencar (PSD-BA), Angelo Coronel (PSD-BA), Jorge Kajuru (PSB-GO), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Rogério Carvalho (PT-SE), Fabiano Contarato (PT-ES) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS).
Suplentes:
Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Sergio Moro (União-PR), Randolfe Rodrigues (PT-AP), Eduardo Girão (Novo-CE), Jaques Wagner (PT-BA) e Esperidião Amin (PP-SC).
Leia também | Governo corre contra o tempo para aprovar pacote de projetos no Congresso antes do fim do ano
Tags: CPI do Crime Organizado, Senado Federal, Alessandro Vieira, Otto Alencar, Flávio Bolsonaro, Hamilton Mourão, Fabiano Contarato, Jaques Wagner, Davi Alcolumbre, crime organizado, milícias, facções criminosas, política nacional, segurança pública, investigação parlamentar, CPI Senado, Congresso Nacional, base governista, oposição, CPI 2025, política brasileira