

Michelle Bolsonaro critica aproximação com Ciro Gomes | Foto: divulgação
30 de novembro de 2025 — O senador Eduardo Girão (Novo) lançou oficialmente, em Fortaleza, sua pré-candidatura ao Governo do Ceará para 2026, em meio a um evento marcado por forte presença de lideranças da direita e por evidentes sinais de divisão interna no grupo. A cerimônia reuniu nomes como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o deputado André Fernandes (PL), presidente estadual da legenda.
O encontro teve tom político e religioso, além de manifestações pela anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e pedidos pela libertação do ex-presidente Jair Bolsonaro, preso após condenação por tentativa de golpe de Estado.
Girão reafirmou a “coerência” como marca de seu projeto, pregou unidade da direita e criticou os governos federal e estadual, ambos administrados pelo PT. Para ele, a convergência entre PL e Novo vista em Brasília deve se repetir no Ceará. “Aqui não pode ser diferente”, afirmou.
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As tensões ficaram mais evidentes durante as falas sobre o ex-governador Ciro Gomes (PSDB), cotado como possível nome da oposição em 2026. Aliados de Girão afirmaram que Ciro “não representa a direita”, e o momento mais sensível veio do discurso de Michelle Bolsonaro.
A ex-primeira-dama criticou publicamente a articulação do PL Ceará, liderada por André Fernandes, que aproximou o partido de Ciro. “Fizeram uma aliança precipitada”, declarou, citando críticas recentes do ex-governador a Bolsonaro. A declaração deixou Fernandes visivelmente desconfortável.

Após a fala de Michelle, André Fernandes convocou uma coletiva e afirmou que a aproximação com Ciro teve aval do próprio Jair Bolsonaro. Segundo ele, havia um acordo para que divergências internas não fossem expostas publicamente. “Desde maio tratamos essa possibilidade com o presidente. Se há precipitação, é do próprio presidente Bolsonaro”, disse. A declaração evidenciou fissuras no grupo bolsonarista cearense.
Antes dos momentos de tensão, Girão foi questionado sobre como dialogar com outras pré-candidaturas da oposição, como Ciro Gomes e o ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT). Ele disse que apoios são bem-vindos, mas reforçou que a cabeça da chapa deve ser liderada pela direita. Citou exemplos de Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais para defender que “a direita precisa conduzir esse trem” no Ceará.
O evento contou ainda com a presença de Capitão Wagner (UB), Plínio Valério (PSDB), Priscila Costa (PL) e do desembargador aposentado Sebastião Coelho, que também criticou Ciro.
A pré-candidatura de Girão reforça a disputa pela liderança da oposição no estado, que segue fragmentada na tentativa de apresentar um nome competitivo contra o grupo governista, hegemônico no Ceará há quase 20 anos. Com a presença de figuras nacionais, o lançamento marcou o início de uma corrida intensa, tanto interna quanto externa, para 2026.
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