

A movimentação envolve deputados e senadores do PL | Foto: reprodução
24 de novembro de 2025 – A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro reacendeu articulações no Congresso para retomar o andamento do Projeto da Dosimetria, alternativa considerada por aliados caso a anistia aos investigados pelos atos golpistas não avance. A movimentação envolve deputados e senadores do PL, que se reuniram nesta segunda-feira (24) e afirmaram que pretendem intensificar esforços para levar o texto ao plenário ainda este ano.
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Segundo parlamentares do partido, a prisão preventiva de Bolsonaro — decretada pelo ministro Alexandre de Moraes com base em risco de fuga, violação da tornozeleira eletrônica e tentativa de mobilizar apoiadores — criou um novo cenário político. Embora a legenda declare publicamente que a prioridade continua sendo a anistia, líderes da oposição defendem que a dosimetria volte à pauta.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que a oposição não adotará medidas de obstrução e que quer ver o projeto avançar no Congresso, mas reforçou que a anistia permanece como pauta central.
“Estamos com foco na anistia. Esse vai virar um assunto para 2026”, declarou. “Nosso compromisso não é com a dosimetria, é com a anistia.”
Flávio também disse ter conversado com o deputado Paulinho da Força sobre o tema e classificou a postura do parlamentar como “transparente”.
Lideranças do PL afirmam que a detenção de Bolsonaro fortaleceu a sensação de urgência dentro da oposição. Flávio Bolsonaro voltou a criticar a decisão de Moraes e disse que o laudo médico apresentado pela defesa comprovaria, segundo ele, que a violação da tornozeleira não teve caráter intencional.
O senador também justificou a vigília convocada na sexta-feira, afirmando que se tratava de um ato religioso:
“Chamei pessoas para orar e fomos criminalizados. Foi uma vigília pacífica.”
O senador Rogério Marinho (PL-RN), um dos principais articuladores da proposta, declarou que há “amadurecimento” nas duas Casas para levar o Projeto da Dosimetria à votação.
“Queremos que o Parlamento cumpra seu papel e que cada deputado vote de forma livre. Estamos trabalhando para que isso aconteça o mais rápido possível”, afirmou.
Mais cedo, Marinho também disse que o PL votará contra a indicação de Jorge Messias para o STF, justificando que o partido se opõe à nomeação de alguém próximo ao presidente da República.
O deputado Sóstenes Cavalcante afirmou que a anistia permanece como a principal pauta da legenda no Congresso.
“É só a pauta que temos desde fevereiro”, disse ao ser questionado sobre novas articulações.
Flávio Bolsonaro afirmou que ainda não havia se encontrado com o pai desde a prisão, mas disse que visitará o ex-presidente ao lado do irmão.
“Quero ver com meus próprios olhos a saúde dele”, afirmou.
A reunião desta segunda-feira contou com a presença de Michelle Bolsonaro, que relatou o sofrimento da família desde a detenção e demonstrou preocupação com o bem-estar do marido. Segundo o senador, o maior receio dela é o fato de Bolsonaro estar “num local fechado, sozinho”.
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