O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 1 ponto de setembro para outubro deste ano e interrompeu uma trajetória de dois meses em queda. Com o resultado, o indicador chegou a 76,3 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.
A alta foi influenciada principalmente pelo Índice de Expectativas, que mede a confiança do consumidor brasileiro no futuro. O subíndice subiu 1,3 ponto, atingindo 82,4 pontos em outubro, puxado pela melhora das perspectivas sobre a situação financeira familiar.
“Essa reavaliação parece relacionada à uma recuperação das expectativas sobre o mercado de trabalho nos próximos meses. Contudo, consumidores se mantem cautelosos em relação a intenção de compra de bens duráveis. O aumento da incerteza, o aumento dos preços e a demanda represada por serviços na pandemia (de covid-19) podem estar contribuindo para frear o consumo desses produtos”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens da FGV.
Em médias móveis trimestrais, o índice se manteve negativo ao cair 2,0 pontos, para 77,8 pontos.
Houve acomodação da avaliação dos consumidores sobre a situação atual. O indicador que mede percepção dos consumidores sobre à situação econômica no momento variou 0,3 ponto em outubro, para 74,8 pontos e o que mede a satisfação sobre as finanças pessoais, 0,2 ponto, para 63,8 pontos. Ambos se mantém em patamar muito baixo em termos históricos.
Com relação às expectativas para os próximos meses, o indicador que mais influenciou o IE foi o que mede as perspectivas sobre a situação financeira familiar, cujo indicador avançou 3,8 pontos, para 83,5 pontos, recuperação apenas 30% das perdas sofridas em setembro. O indicador que mede as expectativas sobre a situação economica subiu 1,0 ponto, para 98,5 pontos. Mas mesmo com melhores perspectivas financeiras familiares, o ímpeto de compras para próximos meses continuou caindo pelo segundo mês consecutivo, 0,9 ponto para 67,5 pontos.
A análise por faixa de renda revela piora da confiança apenas para os consumidores com renda de até R$ 2.100,00 acumulando queda de -1,4, para 63,7. A faixa de renda entre R$2.100,01 e R$4.800,00 registrou o melhor desempenho com alta de 5,3 pontos para 73 pontos
Com informações da Agência Brasil e FGV
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