O Estado do Rio de Janeiro confirmou que investiga um caso suspeito da nova variante Ômicron do coronavírus. Uma mulher, que desembarcou no aeroporto do Galeão no dia 21 de novembro, e tinha testado negativamente para covid-19, fez um novo teste PCR uma semana depois (28/11) e o resultado deu positivo.
A mulher veio para o Brasil num voo que saiu de Joanesburgo, capital da África do Sul. As autoridades de saúde do Rio de Janeiro informaram que a paciente está sem nenhum sintoma da doença e segue em isolamento social.
Amostra do exame PCR foi encaminhada para a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), que realiza o sequenciamento genético do vírus e deve divulgar resultado sobre análise até a próxima segunda-feira (6/12).
Outros três casos da variante Ômicron do coronavírus foram confirmados em São Paulo. Todos são passageiros que desembarcaram de países africanos.
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O surgimento de uma variante no novo coronavírus confirmado em regiões da África preocupa especialistas internacionais de saúde. Batizada de Ômicron – letra grega correspondente à letra “o” do alfabeto -, a cepa B.1.1.529 foi identificada em Botsuana, país vizinho à África do Sul, em meados de novembro. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante pode ser responsável pela maior parte de novos registros de infecção pelo novo coronavírus em províncias sul-africanas.
Em reunião de emergência realizada na tarde da sexta-feira (26/11), representantes da OMS classificaram a Ômicron como variante de preocupação (VOC) – mesma categoria das variantes Delta e Gama.
No Brasil, para tentar frear a chegada da Ômicron ao país, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, determinou que voos com origem de países do sul da África não poderão desembarcar no Brasil. Outros países, como a Inglaterra, também proibiram a chegada de voos vindos da região.
Nos casos analisados, constatou-se que a variante é portadora de dezenas de mutações genéticas que podem afetar os índices de contágio e de letalidade. A OMS, entretanto, afirmou que ainda não há estudos suficientes para afirmar as propriedades da Ômicron, mas que já existem esforços científicos acelerados para estudar as amostras. Um time de cientistas de universidades da África do Sul está decodificando o genoma da Ômicron, juntamente com dezenas de outras variantes do novo coronavírus.
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