

Os agentes encontraram dragas, que usam produtos tóxicos que ajudam os garimpeiros a fazer a separação em busca do ouro, em plena atividade | Foto: divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal intensificou, nesta semana, as ações de fiscalização e combate à extração ilegal e o comércio de compra e venda de ouro nos Estados de Rondônia e Roraima, na Região Norte do Brasil.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e destruídos equipamentos usados pelos garimpeiros para a retirada do minério.
No âmbito da Operação Submerso, os agentes da Polícia Federal, com apoio do Ibama e da Polícia Militar de Rondônia, realizaram na quarta e na quinta-feira (15 e 16/2) percorreram de barco o Rio Roosevelt, que atravessa as Terras Indígenas Roosevelt, Zoró e Aripuanã.
Os agentes encontraram dragas em plena atividade. Com o uso de produtos tóxicos, o equipamento revolve o fundo do rio e, por sucção, leva o material até a superfície, para realização do processo de separação em busca do ouro.



A ação ocorreu no município de Espigão do Oeste e áreas vizinhas e destruiu 12 dragas que estavam ativas e ilegais.
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Em outra frente, na cidade de Boa Vista, capital de Roraima, a Polícia Federal realizou, nesta quinta-feira (17/2), a Operação Illegal Mining, que tem o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada na compra e venda de ouro proveniente dos garimpos ilegais.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª vara Federal Criminal da Seção Judiciária de Roraima, em desfavor de uma empresa de material agrícola investigada por fazer as negociações suspeitas e de dois sócios.
As investigações tiveram início em junho de 2021, por meio de denúncia que apontou os responsáveis pela empresa como compradores do ouro extraído ilegalmente de terras indígenas. Os agentes descobriram que o minério adquirido era embarcado em aviões de pequeno porte, que se utilizavam de pistas clandestinas e transportado até Itaituba, no Pará, onde ganhava aspecto de legalidade ao se misturar com ouro de lavras regularizadas.
Não houve prisão em flagrante.
O nome da operação, Ilegal Mining, remete ao termo em inglês que se traduz como mineração ilegal.

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