O músico Tarcísio Sardinha faleceu nesta segunda-feira, 25, em Fortaleza após estar internado em hospital desde o dia 9 de janeiro. Segundo o jornalista Eliomar de Lima, a causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.
Considerado um dos maiores nomes da música instrumental, Sardinha esteve presente em diferentes áreas da cultura. Além de referência ao choro contemporâneo, o violonista, compositor, arranjador e multi-instrumentista foi um mestre para inúmeras gerações.
Foram mais de 40 anos de carreira. Sardinha tornou-se especialista na execução e harmonização de diversos estilos musicais, sendo um dos profissionais mais completos e requisitados da cena musical cearense. Com o parceiro violão encantou salas de aula, rodas de choro, bares e lares.
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Tarcísio de Lima Carvalho nasceu em uma família de músicos. Aos 11 anos, Sardinha passa aprender música como autodidata. Era um adolescente quando se profissionalizou no meio cultural. Com apenas 15 anos participava de grupos de baile e rodas de choro, paixão que herdou do avô e do pai.
Na casa dos familiares, cresceu ouvindo choro e temas clássicos de nomes como Altamiro Carrilho (1924-2012) e Jacob do Bandolim (1918/1969). O apelido “Sardinha” é alusivo ao famoso violonista Aníbal Augusto Sardinha (1915-1955).
A alcunha foi presente do amigo e flautista José Tróglio Filho, criador do Grupo “O Pixinguinha”, do qual Sardinha participou na década de 1980 ao lado de nomes como Pedro Ventura, Macumba, Joãzinho do Violão e Zivaldo.
O ex-prefeito Roberto Cláudio divulgou nota em que lamenta a morte de Sardinha, destacando o papel dele na formação de novos músicos e como diretor musical do Festival da Musica de Fortaleza, criado ainda na sua gestão e que, ano passado, chegou à quarta edição.
A cena musical brasileira perde hoje um dos seus mais talentosos músicos. Nos despedimos do multiinstrumentista Tarcísio Sardinha que tão bem representou a virtuosidade da nossa música cearense no cenário nacional.
Com certeza, sua obra e sua trajetória profissional o imortalizarão e reservarão lugar de destaque na galeria de honra da musica brasileira, ele que é o responsável pela formação musical de muitos dos nossos novos talentos e nos brindou com sua atuação como diretor musical da Festival da Música de Fortaleza, em todas as suas quatro edições.
Fica o nosso abraço e orações, pedindo a Deus conforto e amparo aos familiares e amigos, entre os quais me sinto orgulhosamente incluído. Vai em paz, Sardinha!
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