

Conforme a investigação, que já dura um ano, os criminosos buscavam aniversariantes na internet e se passavam por floriculturas ou lojas de chocolate | Foto: divulgação
26 de novembro de 2025 – Uma operação conjunta das Polícias Civis do Paraná e de São Paulo desarticulou, nesta terça-feira (25), uma quadrilha especializada no chamado “golpe do presente”, fraude que já fez mais de 270 vítimas apenas no Paraná e movimentou cerca de R$ 14 milhões em todo o país. O grupo atuava também em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia.
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Os policiais foram às ruas para cumprir 41 mandados de prisão e 90 de busca e apreensão na capital paulista, além de ações em São Bernardo do Campo e Diadema, na Grande São Paulo. Até o fim da manhã, 28 pessoas haviam sido presas temporariamente em território paulista.
Segundo o delegado Emmanoel David, da Polícia Civil do Paraná, os investigados são todos residentes em São Paulo. “Prendemos hoje os operadores financeiros, ou seja, as pessoas que recebiam os valores dos golpes, e prendemos os motoboys que vinham de São Paulo ao Paraná aplicar o golpe”, explicou.
Conforme a investigação, que já dura um ano, os criminosos buscavam aniversariantes na internet e se passavam por floriculturas ou lojas de chocolate. Eles ofereciam a entrega de um presente e alegavam ser necessário cobrar uma taxa de frete paga via cartão.
“No momento da cobrança, acabavam passando um valor a mais”, destacou o delegado. Em alguns casos, o cartão da vítima era trocado por outro sem que ela percebesse. Os criminosos também utilizavam maquininhas adulteradas para capturar senha e dados bancários.
A quadrilha já havia sido presa em flagrante duas vezes no Paraná, inclusive com apreensão de várias maquininhas adulteradas. “Em março, nós prendemos parte dessa quadrilha em Curitiba. Voltaram para Curitiba e foram presos novamente. E também foram presos em outros Estados”, informou David.
Após a aplicação do golpe, os valores eram rapidamente distribuídos para diversas contas bancárias de laranjas, com o objetivo de dificultar o rastreamento policial e financeiro. A Justiça determinou o bloqueio de 41 contas bancárias vinculadas aos investigados.
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