O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Claudio, defendeu, na manhã desta quinta-feira (14/10), um volume maior de recursos federais para a área da saúde durante o 32° Outubro Médico, principal evento médico promovido no Ceará e que, neste ano, está discutindo “a saúde no mundo pós-pandemia do covid-19”.
“O SUS é o plano de saúde, é o atendimento exclusivo de 85% da população no nosso País. Se não fosse esse nosso sistema capilar, com unidade de atendimento em todos os municípios brasileiros, a pandemia traria consequências ainda muito mais graves do que vivenciamos”, destacou RC.
O ex-prefeito, que também é medico com doutorado em saúde pública, na Universidade do Arizona, nos Estados Unidos destacou em painel sobre a “Valorização médica e a saúde pública”, coordenado pelo também médico Ricardo de Paula Pessoa.
“Se não fosse um sistema único de vigilância sanitária, as consequências teriam proporções ainda piores. A existência firme do sistema de saúde foi determinante para o enfrentamento da pandemia”, afirmou.
Para Roberto Claudio destacou também que devido à insuficiência de recursos para o financiamento da saúde no Brasil hoje ocupa a 37° posição no investimento per capta em saúde no mundo. Os recursos destinados à saúde pública representam apenas 4% do PIB.
“Existe espaço para melhorar a gestão sim, existe espaço para melhorar o processo de auditoria no emprego dos recursos e para o aperfeiçoamento dos processos, mas a questão determinante é a insuficiência de recursos para o custeio da saúde e para a valorização do profissional médico”, concluiu.
Também participaram do painel, a médica Riane Azevedo, superintendente do IJF, e o médico e deputado Carlos Felipe.
Leia também | Instituição viabiliza locomoção de mulheres do interior para exames de mamografias em Fortaleza