

Indigenista Bruno Pereira e jornalista inglês Dom Phillips estão desaparecidos desde o dia 5 de junho | Fotos: reprodução
A mulher do jornalista britânico Dom Philips, Alessandra Sampaio, disse nesta segunda-feira (13/06) que o corpo dele e do indigenista Bruno Pereira foram encontrados. Eles estão desaparecidos há mais de uma semana na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas.
A informação ainda não foi confirmada pelas autoridades brasileiras. A associação indígena que anunciou o desaparecimento dos dois também não confirmou a localização dos corpos.
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Segundo Alessandra, a PF lhe confirmou a localização de dois corpos, mas disse que eles ainda precisavam ser periciados. A Embaixada Britânica já havia comunicado aos irmãos de Dom Phillips que eram os corpos do jornalista e do indigenista.
Bruno e Dom tinham sido vistos pela última vez no dia 5 de junho ao chegarem a uma localidade chamada comunidade São Rafael. De lá, eles partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino.
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No domingo (12/06), as equipes de busca encontraram uma mochila, um notebook e um par de sandálias na área onde são feitas as buscas pelo jornalista inglês e pelo indigenista no interior do Amazonas.
Segundo as autoridades, o material estava próximo da casa de Amarildo Costa de Oliveira, suspeito de envolvimento no crime.
Os pertences foram localizados por mergulhadores do Corpo de Bombeiros após a realização de buscas fluviais com reconhecimento aéreo em uma área de 25 km na região do rio Itaquaí, no local onde foi encontrada outra embarcação aparentemente de Amarildo Costa Oliveira, que se encontra com prisão temporária decretada.
Ainda no domingo, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) afirmou ter encontrado uma nova embarcação na mesma região em que são realizadas as buscas pelo indigenista Bruno Araújo Pereira e pelo jornalista inglês Dom Phillips.
“O que a equipe de busca encontrou foi um possível local onde vestígios, observados na beira de barranco, apontam que uma embarcação poderia ter sido arrastada no local. Essa informação foi repassada às autoridades responsáveis pelas investigações e, por essa razão, o local foi isolado pelas autoridades competentes para que a busca e a perícia sejam realizadas”, diz o informe assinado pelo procurador jurídico da Univaja, Eliésio Marubo.
Ainda segundo o comunicado, nas proximidades do local foi localizada também uma embarcação que pode ser de propriedade de Amarildo da Costa Oliveira, detido para investigação. “A informação sobre a propriedade da embarcação ainda precisa ser confirmada pelos responsáveis pelas investigações”, ressalta o documento.
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Na última sexta-feira (10), a Polícia Federal (PF) no Amazonas, que está à frente das forças de segurança na Operação Javari, informou que equipes de busca encontraram material orgânico, “aparentemente humano”, em uma área próxima ao porto de Atalaia do Norte. Ainda não há informação se a amostra recolhida tem alguma relação com o desaparecimento de Dom Phillips e de Bruno Pereira.
O Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal é quem vai realizar a análise pericial do material recolhido, como também fará a perícia em vestígios de sangue encontrados na embarcação de Amarildo, conhecido como “Pelado”.
Ele é suspeito de envolvimento no caso e teve a prisão temporária por 30 dias decretada na noite de quinta-feira (9) pela juíza plantonista Jacinta Santos, durante a audiência de custódia na Comarca de Atalaia do Norte (AM). O processo segue em segredo de justiça.
Além dessas perícias, serão analisados materiais genéticos coletados por investigadores de referência de Dom Phillips, em Salvador, e de Bruno Pereira, no Recife. As amostras serão utilizadas na análise comparativa com o sangue encontrado na embarcação.
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