

Diagnóstico precoce pode salvar vidas. Projeto é realizado em parceria com o Hospital Amaral Carvalho, em Jaú (SP) | Foto: Divulgação/Projeto Cercúmen
22 de setembro de 2025 — Um estudo inovador conduzido pela Universidade Federal de Goiás (UFG) revelou que a cera de ouvido pode ser usada como ferramenta para detecção precoce do câncer. O projeto, chamado Cerúmen, é realizado em parceria com o Hospital Amaral Carvalho, em Jaú (SP), referência no tratamento oncológico, e já mostra resultados promissores para revolucionar a forma como a doença é diagnosticada no Brasil.
Segundo o doutor em química João Marcos Gonçalves Barbosa, o diferencial da pesquisa está no fator tempo: “Quanto mais cedo a manifestação oncológica é detectada, maiores são as chances de remissão completa da doença tumoral”.
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O estudo coletou amostras de 751 voluntários. Entre os 220 sem diagnóstico prévio de câncer, cinco apresentaram substâncias atípicas que levantaram indícios da doença — todos confirmados posteriormente por exames convencionais. Já entre os 531 pacientes em tratamento oncológico, o teste de cera de ouvido identificou o câncer em 100% dos casos.
Idealizado há dez anos pelo professor Nelson Roberto Antoniosi Filho, o projeto não se limita ao câncer. Pesquisadores avaliam que a técnica pode ser expandida para diagnóstico de doenças metabólicas, como o diabetes, e até de enfermidades neurodegenerativas.
A pesquisa recebeu menção honrosa no Prêmio Capes de Tese 2025, reforçando seu impacto científico e social. Para Barbosa, o método abre portas para diagnósticos mais precoces, acessíveis e menos invasivos, com potencial de salvar milhares de vidas.
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