

Refinaria da Petrobras | Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino
06 de dezembro de 2025 – A Petrobras anunciou, nesta sexta-feira (5), a primeira produção e entrega de combustível sustentável de aviação (SAF) totalmente fabricado no Brasil. O envio de 3 mil m³ para as distribuidoras que operam no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão-RJ) representa cerca de um dia de consumo dos aeroportos do estado e marca um passo relevante rumo à aviação de baixo carbono.
A companhia é a primeira produtora nacional do combustível com certificação de sustentabilidade conforme as normas da ICAO (International Civil Aviation Organization). O SAF, capaz de substituir o querosene de aviação (QAV) sem ajustes técnicos nas aeronaves ou na infraestrutura de abastecimento, é considerado uma alternativa rápida e eficaz para reduzir emissões no setor aéreo.
Em nota, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que o produto atende a padrões internacionais rigorosos e se antecipa às exigências globais:
“É um produto competitivo, que atende a rigorosos padrões internacionais da aviação. Estamos oferecendo ao mercado nacional a possibilidade de atender às demandas globais, antecipando o cumprimento do CORSIA.”
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Segundo a Petrobras, a antecipação da produção de SAF é estratégica para o mercado de aviação, que passará a enfrentar novas exigências a partir de 2027. Nesse período, companhias aéreas brasileiras deverão utilizar o combustível em voos internacionais seguindo o programa CORSIA, e em rotas domésticas conforme a Lei do Combustível do Futuro.
O SAF tem menor intensidade de carbono por incorporar matéria-prima vegetal processada junto ao querosene mineral. Para a produção atual, a Petrobras utiliza óleo técnico de milho (TCO) e óleo de soja, o que pode reduzir as emissões líquidas de CO₂ em até 87% na parcela renovável.
A primeira entrega foi produzida na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, já certificada para fabricar e comercializar o combustível com até 1,2% de matéria-prima renovável. A Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), também realizou testes e deve integrar a cadeia produtiva em breve.
A previsão é que, ainda em 2026, a Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, e a Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, passem a produzir e comercializar SAF, ampliando o alcance nacional da tecnologia.
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