Empreender não é uma tarefa fácil, sobretudo no Brasil. Empresários que optam por entrar nessa jornada precisam tomar decisões importantes todos os dias e estar sempre atentos às mudanças que o mercado e a longevidade das empresas exigem, como modernizações e instauração de novos processos, a exemplo da contabilidade, que pode parecer simples e presente, mas para muitas pequenas e médias empresas é uma semente que ainda precisa ser regada.
De acordo com uma pesquisa do Instituto Locomotiva, publicada em setembro, 90% dos líderes das pequenas e médias empresas (PMEs) relatam ter alguma ou muita dificuldade no cenário macro e competitivo, em crescimento, inovação e gestão financeira.
No Nordeste, a situação é ainda mais preocupante. Ainda de acordo com a pesquisa, 95% dos pequenos e médios empreendedores nordestinos sofrem com a gestão financeira de suas empresas; já 97% deles com crescimento e inovação.
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Para a contadora e diretora geral do Grupo Controller, Solange Marinho, os problemas são inerentes à grande maioria das PMEs brasileiras, mas ela também ressalta a importância do esforço para a adesão de processos vitais para a saúde e longevidade das corporações, como a contabilidade.
“As pequenas e médias empresas brasileiras possuem muitas dificuldades para manter suas portas abertas no Brasil, como questões financeiras, carga tributária, infraestrutura, dentre outros. No entanto, é fundamental que haja um esforço extra para instaurar processos que minimizem essas problemáticas, que em sua maioria, estão ligados ao financeiro. A contabilidade cumpre papéis fundamentais internamente nessas organizações, sendo de suma importância para a tomada de decisões e definição de panorama. Toda e qualquer empresa que almeje a longevidade, precisa investir em processos internos”, explica.
Ainda de acordo com o levantamento, 62% dos pequenos e médios empresários brasileiros lamentam não ter tido tanto tempo com a família em decorrência das atividades da empresa. Destes, 98% são responsáveis pela decisão estratégica em pelo menos uma área da sua empresa, e 96% realizam atividades operacionais.
“Os primeiros passos da grande maioria dos pequenos e médios empreendedores brasileiros são difíceis. A dificuldades financeiras afetam na operação e no organizacional das empresas, fazendo com que o tempo fora do ambiente de trabalho seja bem curto e grande parte das atividades sejam concentradas no próprio CEO”, explica Solange Marinho.
Apesar das dificuldades enfrentadas, os pequenos e médios empresários brasileiros estão com uma boa perspectiva para o ano de 2025. De acordo com o levantamento, 60% das PMEs brasileiras estão planejando expansão dos seus negócios para o próximo ano, dos quais 79% dizem estar esperançosos ou empolgados.
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