

Mulheres empreendedoras apontam crédito como principal desafio para fortalecer negócios no Brasil | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
12 de agosto de 2025 – O empreendedorismo feminino no Brasil ganhou destaque na Conferência Livre: Mulheres no Centro – democracia econômica, empreendedorismo e direitos, realizada de forma híbrida em Brasília, reunindo mulheres de todo o país para debater estratégias de fortalecimento econômico. Entre as principais demandas estão linhas de crédito específicas para mulheres empreendedoras, programas de capacitação gratuita e maior participação feminina em instâncias de decisão.
O evento, que antecede a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres — marcada para 29 de setembro a 1º de outubro, em Brasília — reforçou que o acesso ao crédito para mulheres é essencial para ampliar a autonomia financeira e garantir a sustentabilidade dos negócios. Atualmente, mais de 10 milhões de mulheres empreendem no Brasil, a maioria mães (70%) e com faturamento médio de R$ 2 mil, valor inferior ao dos homens empreendedores.
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As propostas defendem a criação de linhas de crédito com juros reduzidos e critérios de análise que considerem garantias alternativas, como histórico comunitário e pagamentos informais. A medida inclui parcerias com Fintechs e bancos comunitários, além de capacitação financeira obrigatória e acompanhamento técnico para uso adequado dos recursos.
Outro ponto central é a implementação de um Programa Nacional de Formação para Mulheres Empreendedoras, com cursos gratuitos, mentorias, consultorias e oficinas itinerantes, considerando diversidade, acessibilidade e metodologias inclusivas para diferentes perfis.
As políticas públicas propostas também devem assegurar a participação de mulheres negras, indígenas, com deficiência, mães solos e moradoras de áreas rurais e periféricas. A ideia é criar programas de aceleração e acesso a mercados adaptados às barreiras enfrentadas por esses grupos, com representação garantida em conselhos e órgãos de decisão.
Representantes como Deise Rosas (Instituto Reafro), Dora Gomes (Grupo Mulheres do Brasil) e Scarlett Rodrigues (Rede Mulher Empreendedora) foram eleitas delegadas para levar essas pautas à etapa nacional. Segundo Simone Schaffer, coordenadora-geral de Promoção da Igualdade Econômica das Mulheres do Ministério das Mulheres, o crédito acessível continua sendo um gargalo que precisa ser superado para fortalecer o empreendedorismo feminino no Brasil.
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