

O TFFF combina investimentos públicos e privados, visando captar até US$ 25 bilhões de países investidores para alavancar recursos adicionais da iniciativa privada | Foto: Jens Büttner/picture alliance via Getty Images
20 de novembro de 2025 – A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, anunciou nesta quarta-feira (19), em Belém, que o governo da Alemanha confirmou um aporte de 1 bilhão de euros para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês). O recurso, considerado estratégico pelo governo brasileiro, fortalece o instrumento financeiro voltado à preservação das florestas tropicais por meio de repasses diretos a países com áreas de vegetação nativa.
O anúncio ocorre durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), onde a comitiva brasileira intensifica esforços para avançar em acordos globais de adaptação climática, transição energética e redução gradual do consumo de combustíveis fósseis.
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A confirmação foi aguardada desde a semana anterior, quando o chanceler alemão Friedrich Merz, presente à Cúpula do Clima em Belém, sinalizou a intenção de contribuir com um valor “considerável” ao TFFF. Segundo Marina Silva, o fundo ultrapassa agora US$ 6,5 bilhões em compromissos firmados.
O TFFF combina investimentos públicos e privados, visando captar até US$ 25 bilhões de países investidores para alavancar recursos adicionais da iniciativa privada. A meta é alcançar US$ 125 bilhões destinados diretamente à manutenção das florestas tropicais de pé, estimulando políticas de conservação e mitigação do desmatamento.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou o dia em Belém em uma série de reuniões com grupos negociadores da COP30. O objetivo foi impulsionar consensos em temas como adaptação climática, transição justa e delineamento de um plano global para a redução do uso de combustíveis fósseis, principais responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa.
Lula, que participou da abertura da conferência em 10 de novembro, retornou ao evento dois dias antes de seu encerramento para reforçar o papel do Brasil como articulador das negociações.
Marina Silva destacou o empenho do presidente:
“É uma demonstração do seu compromisso com um dos maiores desafios enfrentados pela humanidade: a mudança do clima, sobretudo no cuidado com os mais vulneráveis”, afirmou a ministra.
O presidente reforçou ainda que cada país deve estabelecer seu próprio ritmo de redução do consumo de combustíveis fósseis, mas deixou claro que o mundo precisa agir de maneira concreta:
“É preciso mostrar para a sociedade que falamos sério. Temos que diminuir a emissão de gases do efeito estufa”, declarou.
Lula também defendeu maior contribuição dos países ricos, incluindo repasses financeiros, tecnologia e conversão de dívidas em investimentos ambientais.
Após cumprir agenda na COP30, o presidente retornou a Brasília. Ele viaja para São Paulo nesta quinta-feira (20) e, na sexta-feira, embarca para a Cúpula do G20, na África do Sul.
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