Internacional: Trump impõe tarifaço global e provoca reação nos mercados internacionais Medida atinge mais de 180 países, incluindo Brasil, China e União Europeia, e visa reduzir déficits comerciais e fortalecer a indústria dos EUA
Tarifas de Trump provocam quedas nas bolsas da Ásia e preocupam economistas globais | Foto: Reuters/Carlos Barria
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (5) a entrada em vigor de um amplo pacote de tarifas comerciais, chamado por ele de “tarifaço”. A medida atinge mais de 180 países e regiões, incluindo China (34%), União Europeia (20%), Coreia do Sul (25%), Japão (24%) e Brasil (10%).
Em publicação na Truth Social, Trump afirmou que as tarifas já estão trazendo bilhões de dólares para o país e as descreveu como “uma coisa linda de se ver”. O ex-presidente classificou o movimento como a única solução para os déficits financeiros com potências globais.
“Temos enormes déficits financeiros com a China, a União Europeia e muitos outros. A única maneira de curar esse problema é com TARIFAS”, escreveu Trump.
Bolsas asiáticas despencam com anúncio das tarifas
A decisão de Trump provocou reação negativa imediata nos mercados internacionais. A bolsa Nikkei 225, do Japão, registrou queda de -8,3%, levando à suspensão da negociação de ações futuras. Bolsas da Coreia do Sul (-4,34%) e da Austrália (-6,07%) também abriram em forte baixa.
A medida foi classificada por Trump como o “Dia da Libertação Econômica”, representando, segundo ele, a independência dos EUA em relação a produtos estrangeiros. Apesar disso, especialistas alertam para impactos negativos na economia global e nos próprios Estados Unidos, como inflação e retaliações comerciais.
A Rússia, segundo o canal estatal Rossiya 1, não foi incluída no tarifaço, o que causou surpresa e críticas no Ocidente.
Entenda os principais objetivos de Trump com o tarifaço
- Fortalecer a indústria nacional:
Ao encarecer produtos importados, Trump espera incentivar a produção e o consumo de bens fabricados nos EUA. - Reduzir o déficit comercial:
A intenção é corrigir o desequilíbrio na balança comercial com países como México, China e Canadá. - Aumentar a arrecadação:
As tarifas podem gerar bilhões em impostos de importação, embora analistas questionem a viabilidade a longo prazo. - Barganhar politicamente:
Trump já utilizou tarifas como moeda de troca para pressionar outros países em temas como segurança de fronteiras e combate ao tráfico de drogas.
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