A EDP, empresa que atua em toda a cadeia do setor elétrico brasileiro, lançou nesta quinta-feira (19/01), em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, a sua planta de produção de hidrogênio verde como parte do projeto de Pesquisa & Desenvolvimento Pecém H2V, que contou com investimento de R$ 42 milhões.
A empresa já havia gerado nesta unidade, em dezembro, a primeira molécula de hidrogênio verde do país. A planta é composta por uma usina solar com capacidade de 3 megawatts pico (MWp), para garantia de origem renovável, e um módulo eletrolisador de última geração para produção do combustível, com capacidade para produzir 250 Nm3/h do gás. O evento reuniu autoridades do estado e executivos da companhia.
“O Ceará reúne características estratégicas para protagonizar o processo de introdução do hidrogênio verde no país, seja pelo potencial solar e eólico – fundamental para a produção do gás de maneira renovável –, seja por sua localização e oferta de infraestrutura para o escoamento desse produto ao mercado internacional”, afirma João Marques da Cruz, CEO da EDP no Brasil.
A inauguração da unidade é um marco para a geração de energia renovável no país e faz parte dos compromissos da EDP com a transição energética. A empresa tem a meta de se tornar 100% até 2030. Além da produção do combustível, faz parte do projeto o desenvolvimento de um roadmap com análises de cenários de escalabilidade, considerando todos os elos da cadeia de produção e identificando a viabilidade econômica, setorial e mercadológica do hidrogênio verde. A EDP também deve buscar a partir de agora a certificação de origem renovável da produção. A previsão de conclusão do projeto é junho de 2024.
“Ainda mais importante que a produção da primeira molécula, são o conhecimento e a experiência que essa iniciativa traz para a EDP e para o mercado de hidrogênio verde no Brasil. Agora, com a planta concluída e em plena operação, o que é pioneiro no país, o nosso foco é aprimorar o processo de geração, avaliar modelos de negócio, expandir a produção e estabelecer parcerias estratégicas com diferentes segmentos da indústria que podem utilizar o gás, além de contribuir para viabilizar a regulamentação do mercado no país”, destaca Marques da Cruz.
O projeto conta com parcerias importantes como a da NEA/Hytron, fornecedora da eletrólise e, como executores do projeto, além da EDP, estão o Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel/UFRJ), oIATI e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), através do programa P&D.
Presente há mais de 25 anos no País, a EDP é uma das maiores empresas privadas do setor elétrico a operar em toda a cadeia de valor. Com mais de 10 mil colaboradores diretos e terceirizados, a Companhia tem negócios em Geração, Transmissão, e Soluções em Serviços de Energia voltados ao mercado B2B, como geração solar, mobilidade elétrica e mercado livre de energia. Em Distribuição, atende cerca de 3,6 milhões de clientes em São Paulo e no Espírito Santo, além de ser a principal acionista da Celesc, em Santa Catarina. Em 2022 foi eleita pelo terceiro ano consecutivo a empresa mais inovadora do setor elétrico pelo ranking Valor Inovação, do jornal Valor Econômico, e é referência em ESG, ocupando, em 2021 e 2022, o primeiro lugar do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, no qual figura há 17 anos.
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